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Trabalhadores da saúde iniciam greve nacional de dois dias

A greve teve início esta quarta-feira às 00h e termina às 24h de quinta-feira. No turno da manhã, de quarta-feira, a adesão rondou os 80%.

Os trabalhadores do setor público da saúde iniciaram esta quarta-feira às 00:00 uma greve nacional de dois dias. A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública – SINTAP, prolongar-se-á até as 24:00 de quinta-feira.

A greve abrange todos os trabalhadores da saúde, exceto médicos e enfermeiros, dos serviços tutelados pelo Ministério da Saúde, como hospitais ou centros de saúde.

O objetivo do protesto passa pela aplicação do regime de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, progressões na carreira e o pagamento de horas extraordinárias vencidas e não liquidadas, além da aplicação da ADSE (subsistema de saúde para funcionários públicos) a todos os trabalhadores e um acordo coletivo de trabalho para os trabalhadores com contrato individual de trabalho.

No dia 25 deste mês, trabalhadores do setor da saúde voltam a cumprir um dia de greve, desta vez marcado pelos sindicatos ligados à CGTP.

Já na próxima semana, são os sindicatos médicos que têm uma greve de três dias agendada para 8, 9 e 10 de maio.

“O desespero das pessoas pelo excesso de trabalho é de tal ordem que o sucesso desta greve vai ser muito importante. Caso não haja condições para chegar a um acordo no que diz respeito ao contrato coletivo de trabalho que queremos celebrar, ainda este mês voltaremos à greve”, afirmou à agência Lusa o secretário-geral do SINTAP, José Abraão.

“Mais de 20 mil trabalhadores fazem ainda 40 horas de trabalho semanal; há gente a ganhar o salário mínimo há 10, 15 ou quase 20 anos”, acrescentou o dirigente sindical.

Segundo José Abrãao, o sindicato foi convocado para uma reunião na próxima sexta-feira para continuar as negociações do contrato coletivo de trabalho, que já está a ser negociado “há seis anos, sem qualquer tipo de resultados”.

No turno da noite, de quarta-feira, a adesão à greve foi de 70% e no turno da manhã ronda os 80%, avançou o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, citado pela agência Lusa.