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BES: pequenos accionistas manifestam-se em Lisboa

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O Movimento de Pequenos Accionistas do BES protestou hoje em frente ao Banco de Portugal (BdP), em Lisboa. O intuito da manifestação, com cerca de 30 pessoas, era a reclamação do dinheiro e a marcação de uma reunião com o Governador Carlos Costa.

O porta-voz do movimento, Fernando Santos, explicou que o protesto junto à sede do Banco de Portugal serviu para que a voz dos pequenos acionistas fosse ouvida: “Estamos aqui a manifestarmo-nos para fazer ouvir a nossa voz e para ver se o senhor governador do Banco de Portugal de uma vez por todas aceita receber-nos para conversarmos um pouco sobre toda esta situação e tentar encontrar soluções para os problemas e para o drama dos pequenos acionistas do Banco Espírito Santo”, disse. Fernando Santos acrescentou ainda que os pequenos accionistas passaram a vida a poupar e agora ficaram sem dinheiro e garante que cada pequeno accionista perdeu em média 15 mil euros em ações.

Palavras de ordem e cartazes com críticas a figuras como o governador do BdP, o primeiro-ministro, a ministra das Finanças e o antigo líder do BES, Ricardo Salgado, marcaram o protesto convocado para esta tarde junto ao BdP, na Rua do Comércio.

Os protestos “vão continuar” “até que seja encontrada uma solução para as cerca de 33 mil pessoas que foram efetivamente prejudicadas com a medida de resolução e as falhas graves de supervisão que o BdP teve”, garantiu o porta-voz do movimento: “Sentimo-nos enganados. Agora sabemos que o balanço do BES não era verdadeiro”, realçou ainda.

Cerca de 33 mil pequenos accionistas, que investiram em média 15 mil euros, estão a ser prejudicados num valor global superior aos 500 milhões de euros.

Em agosto o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após este ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição. No chamado ‘banco mau’ ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no ‘banco bom’, o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

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