4Taste: O Rock de uma geração que pede o seu regresso
Nunca o regresso das bandas que marcaram a nossa infância foi tão desejado como nos últimos tempos. No passado mês de Abril, o regresso dos D’ZRT fez esgotar durante quatro dias seguidos aquela que é a maior sala de espetáculos do país: o Altice Arena.
E é nesta onda de nostalgia que muitos se questionam: para quando o regresso dos 4Taste? Passaram-se 17 anos desde a formação dos 4Taste, em 2006, a meio da 3º temporada de Morangos com Açúcar, que estava no auge da sua influência no público juvenil. Foram o primeiro e único grupo musical formado na série que assumiu um lado mais Rock & Roll, que, até à data, pouco ou nada era representado na trilha sonora de Morangos Com Açúcar.
Um dos maiores desafios de uma banda formada em contexto ficcional numa série de televisão, é conseguir afastar-se desse rótulo e afirmar-se no mundo real como uma banda que faz música de qualidade. No caso dos 4Taste, não há dúvida de que essa qualidade esteve sempre presente e que abriram caminho para uma nova visão do Rock e para a sua “normalização” em contexto televisivo.
Com os 4Taste nasceu uma nova geração de fãs. Muitos desses fãs, à semelhança dos membros da banda – Luke D’Eça, Nélson Patrão, David Gama, e Francisco Borges – estão, hoje em dia, na casa dos 30 anos, mas não esquecem a adolescência passada a ouvir Nunca mais dizer nunca ou Diz-me que sim. A banda que lançou dois álbuns de originais em 2006 e 2008 com 4Taste e Take 2 conta, atualmente, com quase 56 mil ouvintes por mês no Spotify que alimentam a chama de uma geração que se mantém ativa e não esquece a essência do Rock.
Numa entrevista recente, o vocalista dos 4Taste, Luke D’Eça, que ainda se mantém ligado à música, foi questionado sobre uma possível reunião da banda e o regresso aos grandes palcos portugueses. Não descartando essa hipótese no futuro, afirma que para conseguirem entregar aos fãs o espetáculo que estes merecem é preciso ter tempo, algo que a vida profissional nem sempre permite. Surpreendido com o impacto que os 4Taste ainda têm na música portuguesa, admite estar orgulhoso das músicas que produziu com os colegas durante o percurso da banda.
Como se costuma dizer, “a esperança é a última a morrer”, por isso, a nós, fãs dos 4Taste, resta-nos esperar que a banda siga o mesmo caminho dos D’ZRT e anuncie o seu regresso para que possamos voltar a reviver as memórias de um tempo que não volta mais.
Fonte da capa: TV7Dias
Artigo revisto por Julia Gibelli
AUTORIA
A Mariana Jerónimo tem 24 anos é aluna do Mestrado em Jornalismo e tem o sonho de produzir e apresentar um programa dedicado à música numa rádio de renome do nosso país. Enquanto isso não acontece, é através da secção de Música que quer dar a conhecer aos leitores o que de melhor há na vida: a Música. Ao mesmo tempo na secção de Desporto escreve sobre outra das suas paixões, a Fórmula 1. A Mariana costuma dizer que as suas maiores qualidades são o seu sentido de humor e o gosto musical: desde o Hip-Hop e R&B, ao Indie, passando pelos Clássicos do Rock e sem esquecer o MPB, ela é o Spotify em pessoa.