Música

6 músicas pouco conhecidas e com fortes mensagens sociais

Existem músicas que quase todos conseguem reconhecer como importantes e que ficarão para sempre na história: Imagine do John Lennon, Man In The Mirror cantada por Michael Jackson ou, mais recentemente, This Is America de Childish Gambino. Porém, algumas canções fora da mainstream também nos dão conta da realidade do mundo e dos mais variados problemas existentes:

Ludacris ft. Mary J. Blige – Runaway Love (2006)

Uma canção que combina o estilo Conscious Hip-Hop com o R&B, apresentando uma forte mensagem social devido ao conteúdo da letra.  Nesta música, o rapper conta a história de três raparigas que servem como modelo para algumas situações vividas por pessoas reais. Histórias que envolvem abusos, drogas, perdas e falta de apoio no sítio que se poderia chamar de lar, mas que na realidade não o é.

Karina Pasian – 16@War (2008)

A música toda é cantada pelos olhos de uma rapariga de 16 anos, tendo em conta as dificuldades inerentes à própria adolescência e também aquelas que vê à sua volta. Karina aborda temas como o abandono, desrespeito por parte das pessoas que nos são mais próximas, a competição entre raparigas adolescentes, a falta de autoestima e os problemas raciais no bairro onde a cantora vive.

Maria Mena – Eyesore (2008)

Nesta faixa do álbum Cause and Effect, a cantora desabafa como é viver com um distúrbio alimentar, neste caso com a anorexia (referida como Ana, como se fosse uma pessoa). O piano tocado ao longo da música, as respirações cansadas da cantora e o próprio instrumental no fim complementam o caráter pesado e triste da letra da canção. Maria Mena afirma que o distúrbio já se apoderou de tal maneira da sua vida que quase não sabe viver sem ele.

Mary J. Blige – Therapy (2014)

Música escrita pela cantora e por Sam Smith, que também fez os background vocals no fim. Mistura os ritmos de R&B, Soul e um pouco de Gospel. A cantora afirma que a terapia é a melhor maneira de lidar com problemas pessoais e que é melhor pedir ajuda do que ficar infeliz ou sozinha o resto dos dias. A canção também é uma espécie de resposta à canção de Amy Winehouse – Rehab – onde esta se recusava a ir a uma clínica de reabilitação e a encontrar ajuda.

Jorja Smith – Blue Lights (2016)

Esta faixa do álbum Lost and Found conjuga o R&B com o Old School Hip-Hop, utilizando até um excerto da música Sirens do Dizzee Rascal. A cantautora refere-se às constantes “luzes azuis” (dos carros de polícia) que fazem alguém ficar com a consciência pesada, apesar de não ter feito nada de mal. Uma realidade presente nos bairros e na própria cidade de Jorja, Walsall, onde as sirenes e as tais luzes azuis são muito temidas.

Michael Kiwanuka – Black Man In A White World (2016)

Música Soul onde, muito mais do que referir-se a problemas raciais (como a dicotomia branco/negro), o cantor fala de identidade. Michael nasceu e cresceu em Londres e é descendente de ugandeses. Sempre se sentiu colocado numa determinada categoria devido à cor da sua pele e com uma necessidade de se adaptar, confrontando os valores aprendidos em casa com a realidade.

Fonte imagem de capa: Vevo Jorja Smith

Artigo revisto por: Ângela Cardoso