Cinema e Televisão

Prémios Áquila: A Noite de Todas as Estrelas

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A 1ª Cerimónia de Entrega dos Prémios Áquila prometia homenagear, segundo a vontade do público, os melhores projectos na área do Cinema e da Televisão em Portugal. Um projecto inovador por parte da Associação Cinematográfica Fénix que vinha, segundo o produtor Vasco Rosa, preencher uma lacuna no meio audiovisual ao premiar a ficção nacional produzida para cinema e televisão de forma independente.

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No passado dia 30 de Novembro, o Cinema São Jorge recebeu esta iniciativa que reuniu profissionais de ambas as áreas. Filomena Cautela esteve à frente da gala conduzindo-a de uma forma muito própria com alguns momentos de humor característicos da apresentadora e actriz. Começou a gala por mencionar que este ano o número de espectadores nas salas de cinema aumentou mais de 60% e que o publico quer cada vez mais assistir à sétima arte. Referiu ainda que os Prémios Áquila são uma forma de reflectir sobre a actualidade das áreas de Cinema e Televisão.

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O escsiano Pedro Fernandes esteve nomeado para Melhor Actor Principal pelo filme “Eclipse em Portugal”, neste que foi o seu primeiro papel enquanto actor. Para o apresentador e actor “todas as formas de homenagear as artes são boas e são bem-vindas”.

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No início da noite, Filipe Duarte reagia com alegria por estar nomeado para melhor actor principal em televisão pela telenovela “Belmonte”, afirmando que esta “foi um projecto muito feliz, tanto à frente como atrás das câmaras lutámos muito para que resultasse e resultou”. O actor destacou ainda a nomeação da telenovela ao “Emmy” Internacional como “um reconhecimento internacional que reforça o valor da novela”.  Já durante a gala, foi o seu nome que se destacou na categoria à qual estava nomeado. No discurso referiu que “é muito importante sermos maiores e falarmos dos trabalhos uns dos outros”.

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Também Dalila Carmo foi um dos nomes de destaque na área de televisão que, embora não estivesse presente, recebeu o prémio de Melhor Actriz Secundária pela série “Os Filhos do Rock” e Melhor Actriz Principal pela telenovela “O Beijo do Escorpião”. O prémio de Melhor Actor Secundário em televisão, por sua vez, foi para Rui Neto pela sua personagem em “Sol de Inverno”.

Rita Blanco foi a personalidade homenageada pelo Prémio Fénix atribuído pelo seu percurso profissional. A actriz foi ainda contemplada pelo prémio de Melhor Actriz Secundária em Cinema pelo filme “Os Maias”.

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Sandra Celas, para além de ter sido uma das co-apresentadoras da gala, foi também protagonista de um dos momentos musicais da noite numa actuação dos “MurMur”. A actriz, que se mostrou orgulhosa de poder representar o seu projecto musical, afirma que os Prémios Áquila são uma iniciativa maravilhosa porque “são os primeiros prémios que põem o Cinema e a Televisão no mesmo saco de uma forma muito particular que é com a votação do público”.

Nos momentos musicais esteve presente a actriz de musicais Sofia Escobar acompanhada pelo maestro Nuno Feist que interpretou um dos grandes momentos da noite ao cantar o clássico tema de “O Feiticeiro de Oz”, “Over the Rainbow”, com uma sensibilidade que emocionou todos os presentes.

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Foram ainda entregues o Prémio Excelsior à Fundação Calouste Gulbenkian e o Prémio Condor ao realizador d’“A Gaiola Dourada”, Ruben Alves: “A sensação é muito boa porque é óptimo cada vez que recebemos um prémio. É saber que as pessoas reconhecem o teu trabalho e isso é óptimo” refere o jovem realizador  mencionando ainda que o filme “A Gaiola Dourada” “tocou o público português e desde aí as pessoas começaram a conhecer o meu trabalho”. O realizador revelou ainda à ESCS MAGAZINE que, no início do próximo ano, vai anunciar o seu novo projecto que caracteriza como diferente e interessante.

Foram duas produções da SP Televisão que venceram os prémios de televisão: a telenovela “Sol de Inverno”, protagonizada por Maria João Luís e Rita Blanco e a série “Bem-Vindos a Beirais”.

Já na área do Cinema, o grande vencedor foi o filme “7 Pecados Rurais”. Nicolau Breyner, realizador do filme, referia no início da noite que “É sempre bom ter um filme nomeado. É sempre o reconhecimento que o filme possa ter e todas estas iniciativas incentivam o Cinema português”. Melânia Gomes, que foi premiada na categoria de Melhor Actriz Principal, confessou ter sido apanhada de surpresa agradecendo com alguma emoção o reconhecimento.

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A Melânia Gomes juntou-se João Paulo Rodrigues. O actor considera que é importante que os profissionais do Cinema e de Televisão “se sintam valorizados e que reconheçam o nosso trabalho”. Para o actor e apresentador o filme “foi muito bom. Trabalhei com amigos, com grandes profissionais e com um grande realizador, como é o caso do Nicolau Breyner, que durante um mês trabalhou noite e dia”. Caracteriza ainda o filme como um sucesso ao ter sido o segundo filme português mais visto de sempre. Com convicção, afirma ainda que é necessário haver mais filmes de comédia: “Portugal já foi um grande mercado de filmes de comédia, de bom filme, filmes que ainda hoje fazem rir dos anos 40 e 50 e acho que isto pode ser um comeback jeitoso”.

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Nicolau Breyner referiu no seu discurso, ao receber o prémio de Melhor Realizador, que foi “com grande emoção” que recebeu pela primeira vez um prémio de realização, dedicando o prémio a todos os jovens actores portugueses.

No final da gala, Filomena Cautela fez o balanço da cerimónia referindo que “é a primeira edição e tem muito espaço para crescer.” Destaca que esta foi “uma noite de celebração do Cinema português e da televisão, e uma noite divertida” onde falaram “de coisas sérias a brincar” e brincaram “com coisas sérias.” Para a apresentadora e actriz “é uma grande maluqueira” apresentar este espectáculo.

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O produtor dos Prémios Áquila, Vasco Rosa, refere que a cerimónia “correu muito bem, apesar de esta ser a primeira edição vieram muitas pessoas, é um balanço muito positivo”. Afirma ainda que, para o ano, quer que esta cerimónia seja transmitida em directo na televisão.

 

Fotografias: Hélio Freixo

AUTORIA

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Jaime Lourenço nasceu em 1993 e estuda Jornalismo. Desde muito cedo que adquiriu o gosto pela escrita e pelo universo do jornalismo. Aos 12 anos publicou o seu primeiro artigo no jornal Gazeta Escolar e passou a exercer funções no mesmo jornal. A partir daí o seu gosto pelo mundo dos media foi crescendo bem como a sua capacidade criativa e de redacção. É licenciado em Relações Públicas e Comunicação Empresarial pela Escola Superior de Comunicação Social. Actualmente além de estar a frequentar o Mestrado de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, é apresentador do programa de televisão E2 e tem participado em vários projectos e formações profissionais relacionadas com os Media. Em Maio de 2014 publicou o primeiro livro da sua autoria.