Democratas pedem destituição de Trump
Obstrução à justiça é um dos crimes pelos quais seis democratas pedem o impeachment de Trump
“Resolução. Destitui-se Donald J. Trump, presidente dos Estados Unidos, por crimes graves e pequenos delitos.” Este é o início do documento que quatro representantes democratas apresentaram no Congresso para a destituição de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos.
Numa jogada pouco mais do que simbólica, uma vez que os republicanos têm a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado, Steve Cohen (Tennessee), Luis V. Gutierrez (Illinois), Al Green (Texas) e Adriano Espaillat (Nova Iorque) apresentaram a sua decisão em conferência de imprensa, e contaram com o apoio de Marcia Fudge (Ohio) e John Yarmuth (Kentucky).
Os signatários acusam o presidente de obstrução à justiça, de minar a independência da justiça federal e de beneficiar financeiramente do cargo.
“Chegou a hora de deixar claro ao povo americano e a este presidente que a série de ataques à nossa Constituição deve ser parada através da destituição”, disse Steve Cohen.
O pedido de impeachment vai ser analisado pelo Comité Jurídico e é objetivo de os representantes democratas levar a cabo audições públicas, caso este seja aprovado.
Os líderes democratas no Congresso não estão de acordo com este pedido de destituição. Nancy Pelosi já disse que antes da investigação do procurador Robert Mueller sobre a influência russa na campanha eleitoral estar concluída não é altura para ações destas.
“Discordamos das políticas? Sim. Mas discordar das políticas não é suficiente para revogar uma eleição livre e justa”, comentou Steny Hoier – líder da oposição na Câmara dos Representantes.
Há também razões estratégicas para os democratas não darem eco à tentativa de impeachment. Em grande parte, os democratas centraram a campanha de 2016 em torno de ataques contra Trump e o partido não quer repetir a estratégia.