O regresso de “As Bruxas de Roald Dahl”
“The Witches” ou “As Bruxas” estreou há quase um mês, no dia 29 de outubro, e ainda se encontra nos cinemas. É a adaptação do livro de Roald Dahl que dá nome ao filme, mas com um toque mais humorístico e juvenil proveniente do próprio realizador Robert Zemeckis. Este filme conta com a presença de Anne Hathaway e Octavia Spencer como estrelas principais.
(Poderá conter spoilers – 2 parágrafos seguintes)
A história é contada através de uma retrospeção, onde o nosso protagonista, uma criança órfã, conta a experiência de como foi mudar-se para a casa da sua avó e viver aventuras, digamos, mágicas. Por entre eventos e peripécias, este acaba por se cruzar com o pior inimigo de todas as crianças: as bruxas! Mas não se deixem enganar pela sua aparência, porque debaixo das perucas, da maquilhagem e de uma falsa bondade, estas criaturas horrendas usam o golpe mais baixo para fazer desaparecer as crianças: chocolate! Todas as crianças adoram chocolate! E é disso que as bruxas se vão aproveitar.
Mas o que tem de tão especial aquele chocolate? Três gotas de uma poção que transforma instantaneamente pessoas em ratos! Animais pequenos que passam despercebidos e perfeitos para serem mortos por uma simples ratoeira ou por um exterminador. Um plano, aparentemente, impecável, se não fossem as ideias brilhantes da nossa personagem principal!
Gostaria de elogiar este filme no que toca à interseção entre a realidade e a animação. Mesmo sendo ratos (animados), estas crianças continuam a viver num mundo real e a interagir com pessoas, o que poderia dificultar a coerência entre estas duas realidades. Porém, creio que a animação esteja muito bem concebida, graças não só aos animadores, mas também aos operadores de câmara que criaram planos e visões só conseguidas se pensarmos como o próprio animal, garantido, assim, a fluidez dos movimentos destas pequenas criaturas relativamente ao próprio ser humano.
É um filme para os amantes de aventura e fantasia. Porém, para ser sincera, é também um filme que deixa um pouquinho a desejar. Apesar de ter quase duas horas de duração, senti que a história se desenvolveu muito rapidamente, não deixando espaço para suspense ou para os espetadores criarem as suas próprias expetativas. Também o final, apesar de ser completamente inesperado, não foi apresentado de maneira merecedora.
Todavia, recomendo-vos este filme, porque apesar de tudo não deixa de ser uma boa obra cinematográfica, recheada de diversão e de magia! Um filme leve e perfeito para quem quer passar uma tarde de domingo em família!
Artigo redigido por Rita Silva
Artigo revisto por Ana Sofia Cunha
Fonte da imagem de capa: TeRra Magazine