Moldada na Escuridão
A Fundação Calouste Gulbenkian não só concilia obras de vários artistas como também promove momentos de lazer e entretenimento.
Atualmente, a Fundação possui galerias de arte para obras de artistas estrangeiros (obras visitantes) e nacionais, uma galeria para exposições temporárias, uma biblioteca de arte, vários auditórios, onde se realizam conferências, atividades educativas e espetáculos, e um jardim com uma fauna e flora que se destacam entre a paisagem lisboeta.
Por último, a Fundação apresenta bolsas para estudantes de vários ciclos de ensino e um vasto programa de apoios para países desfavorecidos e para artistas emergentes.
Moldada na Escuridão
Moldada na Escuridão, de Hugo Canoilas, é uma exposição gratuita que se encontra no Museu Calouste Gulbenkian, na galeria de exposições temporárias, do dia 18 de fevereiro ao dia 30 de maio de 2022. Esta exposição surge no seguimento da investigação realizada pelo autor aos oceanos e fundos marinhos, iniciada em 2020, e propõe “…uma experiência total do corpo e espaço…”.
A Escuridão
O nome da exposição faz jus ao espaço. Esta era totalmente escura, apenas iluminada por umas luzes de teto que incidiam sobre as formas irregulares dispostas ao longo da galeria, nas quais ressaltavam pequenos detalhes à medida que nos aproximávamos, transmitindo assim a sensação de que passámos da realidade para o mundo do imaginário.
Formas irregulares
Acostumamo-nos a reduzir os mares e nos oceanos a água que envolve a terra e esquecemo-nos de todos os seres vivos que lá habitam.
Não nos passa pela cabeça os diferentes biomas que, consoante a profundidade, a quantidade de luz solar, as espécies, e vários outros fatores, vão levar a diversas paisagens no fundo marinho. Devido a esses mesmos biomas, cada peça é única na exposição, fazendo de cada momento dentro do espaço uma nova oportunidade para extrair informação.
A experiência
A visita ao museu foi rápida. Em quinze minutos facilmente se vê toda a exposição Moldada na Escuridão, já que é apenas uma sala, o que acaba por ser o esplendor da obra- conseguir com tão pouco espaço criar curiosidade e mostrar tanto detalhe na representação do fundo marinho. Senti, no entanto, ao sair da exposição, que existem mais obras que certamente iriam enriquecer o conjunto e dar um maior contexto.
No geral gostei e recomendo. Não é todos os dias que podemos ver obras de arte, gratuitamente, num espaço tão cheio de história e, portanto, é de aproveitar, quer seja esta ou outra exposição.
Fonte da capa: Madalena Teixeira
Artigo revisto por Andreia Batista
AUTORIA
Sempre tive interesse por tudo o que esteja relacionado com arte, já que arte é vida e vida é arte. Decidi desafiar os meus conhecimentos e aventurar-me na ESCS Magazine para passar informação e conteúdos dinâmicos.