Quando se fala de Ténis, o nome Roger Federer vem logo à cabeça de qualquer pessoa, e é fácil perceber o porquê de isso acontecer…

Depois de 24 anos a competir ao mais alto nível, Federer anunciou a sua reforma, algo que já era esperado pela maioria dos adeptos que acompanhavam a sua carreira

Este artigo serve como retrospetiva da vida do tenista helvético, desde os seus sucessos, dentro e fora de campo, a algumas curiosidades que acabam por marcar a sua vida.

O COMEÇO

Roger Federer nasceu no dia 8 de agosto de 1981, em Basileia, na Suíça, e ainda cedo deu os primeiros passos no ténis. Aos 14 anos, ingressou no programa nacional de Ténis da Suíça, que recebe os melhores talentos do país. Três anos depois, fez a sua estreia como profissional, num torneio disputado em Gstaad, no qual viria a ser derrotado na ronda inaugural. A sua primeira vitória chegou dois meses mais tarde, em Toulouse, onde atingiu os quartos de final da competição.

No ano seguinte, destacou-se derrotando o quinto melhor jogador do ranking mundial, Carlos Moya.

ESTREIA EM TORNEIOS DO GRAND SLAM E O SEU PRIMEIRO TRIUNFO

Os torneios do Grand Slam são os mais importantes da modalidade. Federer estreou-se com 17 anos, no Roland Garros. A sua prestação terminou com uma derrota na ronda de abertura perante um dos melhores tenistas da altura, Patrick Rafter.

O primeiro triunfo em torneios do Grand Slam foi alcançado em 2000, quando Roger Federer atingiu a terceira ronda do Open da Austrália.

O SEU PRIMEIRO TROFÉU E ESTREIA NO TOP 10

Quase três anos depois de se ter tornado profissional, Federer sagrou-se campeão em Milão, no dia 29 de janeiro de 2001, marcando o início de uma longa lista de títulos. Um ano depois, estreou-se no Top 10 dos melhores tenistas.

A CONQUISTA DO PRIMEIRO GRAND SLAM E O ESTATUTO DE LÍDER DO RANKING

Em junho de 2003, Federer venceu o torneio de Wimbledon e conquistou, assim, o seu primeiro Grand Slam – um dos torneios míticos da história do ténis. No ano seguinte, em fevereiro de 2004, o tenista assumiu a liderança do ranking.

OS SEUS PRINCIPAIS RIVAIS – OS BIG 3
Nunca se saberá ao certo se Federer foi o melhor tenista de sempre, principalmente tendo em conta a enorme rivalidade com Rafael Nadal e Novak Djokovic – os chamados Big 3 – que, durante muito tempo, ocuparam os três lugares de topo no ranking mundial.

O ÚLTIMO TROFÉU

De tantos títulos, a conquista do ATP 500 de Basel, em 2019, foi uma das mais marcantes. Não só por se tratar do último, mas especialmente porque foi conquistado na sua cidade natal, Basileia, perante os seus amigos e familiares. 

CONQUISTAS E OUTROS FEITOS HISTÓRICOS

Ao longo desta extraordinária carreira, Roger Federer disputou 1526 partidas, somando um incrível registo de 1251 triunfos.

O suíço conquistou ainda 103 títulos, 20 deles torneios do Grand Slam. É o único tenista a ter conseguido por três vezes vencer três de quatro Grand Slams na mesma temporada.

Por último, foi o atleta que por mais tempo se manteve no topo do ranking: 310 semanas.

LESÕES

Em toda a sua carreira, sofreu pelo menos 15 lesões, sendo que a primeira foi em 2007. A partir daí, foi forçado a múltiplas paragens devido a problemas nas costas e nos joelhos.

A última lesão começou em 2020: um problema associado ao joelho, que o impediu de competir com tanta frequência.

A DESPEDIDA

No dia 15 de setembro de 2022, Roger Federer anunciou que se iria despedir dos courts num torneio de exibição que aconteceria uns dias mais tarde, na Laver Cup. Assim aconteceu: no dia 23 desse mesmo mês, Federer entrou em ação pela última vez na sua carreira, para disputar um jogo de pares com Rafael Nadal. O momento da despedida deixou muitos em lágrimas, inclusive Nadal, que admitiu que, com a reforma do seu amigo e rival, uma “parte muito importante” da sua vida também terminava. 

FORA DO COURT…

Federer foi uma figura importante também fora dos courts. 

Criou a Roger Federer Foundation, em 2003, que atua em projetos educacionais de seis países do continente africano: África do Sul, Zâmbia, Botswana, Namíbia, Zimbabué e Malawi. 

A fundação organizou alguns jogos de caridade. Entre 2010 e o início da pandemia, foram organizados seis jogos de exibição.

A última edição foi em 2020, na Cidade do Cabo. A partida disputada entre Federer e Nadal num estádio de futebol teve 51954 espetadores, quebrando o recorde de maior público numa partida de Ténis. Foram angariados mais de 3,5 milhões de euros para a educação de crianças na África.

Roger Federer foi considerado o homem mais estiloso da década pela revista GQ. Além disso, Federer é um dos embaixadores da Mercedes-Benz.

CONCLUSÃO…

Independentemente de se ser fã ou não de Roger Federer, a sua importância no Ténis é indiscutível. Federer fará sempre parte dos astros do Ténis mundial, sendo um ídolo para muitas pessoas. Decerto, deixará saudades, não só pelos seus resultados notáveis como também pela sua humildade.

Não há certezas de que terá sido o melhor tenista de todos os tempos, mas o seu legado será eterno.

Fonte da capa: SIC Notícias

Artigo revisto por Daniela Leonardo