O Tunis Master foi um concurso organizado pela escstunis, a tuna académica da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), inspirado no conhecido programa de televisão Taskmaster. Esta edição, que esperamos ser a primeira de muitas, representa uma forma inovadora de celebrar os 29 anos da tuna académica. 

Na tentativa de proporcionar uma visão mais autêntica e aprofundada, decidimos falar com Guilherme “Gru” Figueiredo, Presidente da escstunis, que partilhou conosco a sua perspetiva, fornecendo uma compreensão mais detalhada do funcionamento de todo o evento, acabando por destacar a pressão e responsabilidade da organização.

Desde outubro, uma intensa preparação envolveu a coordenação de equipas, obtenção de licenças, solicitações de espaços e material, além de inúmeros detalhes logísticos. Ansiedade, expectativa e nervos estiveram presentes, como recorda Guilherme Figueiredo: “…sim muita ansiedade, mas também muita confiança na minha equipa, que tentei coordenar o melhor possível para que tudo estivesse assegurado até à semana ou, até mesmo, ao dia do evento”.

O evento, inserido num mês repleto de comemorações, culminou com o tão aguardado espetáculo, marcando o mês de celebração de maneira memorável. As provas, que refletiram a originalidade e inovação da tuna académica, revelaram-se um tributo notável ao percurso da instituição, proporcionando aos participantes e espectadores uma experiência única, repleta de momentos inesperados e marcantes.

Com o objetivo de oferecer uma experiência completa e inesquecível, a realização do Tunis Master foi dividida estrategicamente, atuando em diversas áreas, o que exigiu muito planeamento, coordenação e comunicação, mas permitiu concluir as gravações em dois fins de semana.

Terminadas e editadas as gravações, tudo estava pronto para o ensaio geral, ou, como esclareceu o presidente da tuna: “… já com guião, já com vídeos prontos pretendíamos avaliar se havia pontos a melhorar e perceber se estava tudo a postos para o grande dia”. “Gru” confessa que percebeu que o espetáculo seria um sucesso quando, no próprio dia, e mesmo antes da abertura das portas, “… conseguimos dar-nos ao luxo de parar meia hora para jantar todos juntos e refletir sobre o que tinha sido o nosso trabalho”, diz.

E chegou o momento…

15 de dezembro, auditório Vitor Macieira, as portas do evento cederam ao convite do público, abrindo à hora prevista, 20:30, antecipando uma noite que se revelaria rica em experiências. O relógio parecia avançar a passo lento até que, finalmente, às 21 horas, as cortinas se abriram para dar início ao espetáculo. Neste momento crucial, a expectativa do público parecia elevar-se ao mesmo tempo que as cortinas se erguiam, desdobrando-se num espetáculo repleto de música e alegria que perdurou até às 23 horas. 

Além da anfitriã, o evento contou também com a presença de três outras tunas: a tuna académica do IADE (TAI), a tuna universitária de belas artes (TUBA) e a tuna médica de Lisboa (TML), que, além da música, trouxeram muita animação. O espetáculo, que foi intercalando atuações musicais com desafios, proporcionou uma dinâmica envolvente, enriquecendo a experiência do público e tornando-a mais empolgante e interativa. 

Desafios criativos, animados e cativantes, que foram desde a delicada tarefa de retirar pepitas de chocolate de bolachas enquanto entoavam a frase “a escstunis faz anos“, mergulhando as suas cabeças em farinha ou água, conforme as exigências da apresentadora, até à missão caótica e malabarista de colocar, como peças de um puzzle, o maior número possível de desconhecidos dentro de um carro, trouxeram uma energia contagiante ao palco.

E chegou o momento!!

Estava na hora de apurar o grande vencedor da noite. Os últimos pontos foram atribuídos, todos davam o seu melhor. A competição estava renhida, e a expectativa atingiu o auge. Finalmente, o veredicto foi anunciado: a TML conquistou a pontuação mais elevada, desencadeando celebrações vibrantes.

No entanto, todos os participantes foram contemplados com um prémio de participação, uma garrafa de vinho, simbolizando não apenas o espírito de colaboração, mas também a partilha de momentos agradáveis. Cada desafio foi determinante na construção de memórias, eternizando a experiência de uma noite repleta de momentos inesperados. Esses instantes vão muito além da  competição, são verdadeiros testemunhos de criatividade e dinamismo, que representam a essência do evento.

Aproximávamo-nos do final quando o vice-presidente da ESCS, Professor Manuel Batista, presenteou a plateia com um discurso tocante, repleto de reflexões e agradecimentos, proporcionando um contexto especial para o encerramento da noite.

O espetáculo atingiu o seu apogeu de forma grandiosa com a atuação da tuna da casa, a escstunis, que encantou a audiência ao apresentar algumas das suas músicas. O encerramento vibrante ao som das melodias cativantes da escstunis adicionou um toque final memorável a uma noite já repleta de momentos emocionantes e inesquecíveis. 

Para realizar eventos com esta complexidade, é essencial a colaboração com outras associações, núcleos e instituições, que se mostraram cruciais para o êxito do evento. Guilherme Figueiredo expressou o seu agradecimento não apenas à ESCS, abrangendo desde os núcleos até à AE, mas também ao IPL e à junta de freguesia, que demonstraram o seu apoio, desempenhando um papel fundamental na concretização do espetáculo. O presidente da tuna destacou ainda a importância da união: “Acredito que uma das coisas que distingue a ESCS, e também a escstunis, neste contexto, é a existência de um ambiente que nos permite saber pedir ajuda e simultaneamente promover o apoio mútuo”.

Ao unir tradição, inovação e colaboração, o Tunis Master foi um evento bem-sucedido, celebrando não apenas os 29 anos da escstunis, mas também a união e esforço de todos os envolvidos. Guilherme Figueiredo destaca também o amor à tradição, o empenho e a importância de cada indivíduo na construção do sucesso coletivo: “Fazemos isto por amor à camisola, neste caso amor ao traje e à tradição, mas nunca podemos deixar de lado qualquer um dos pilares da escstunis, quer seja a música, a humildade, o esforço e dedicação ou a parte da academia”.

Este evento não apenas cumpriu as expectativas, mas também solidificou a posição da escstunis como uma instituição que valoriza a tradição, a música e a cooperação entre alunos. “Gru” refere mesmo que, apesar de estar receoso, “a nível de objetivos, correspondeu e superou as minhas expectativas, portanto acho que tanto do meu lado como do resto da equipa o sentimento é de missão bem sucedida e de concretização”.

No final as opiniões não divergiam: tinham organizado um espetáculo de qualidade, do qual todos gostaram. De acordo com o presidente da tuna, o feedback recebido foi tão positivo que as pessoas já estavam a pedir uma continuação, “que o espetáculo voltasse a acontecer noutra versão ou talvez uma segunda temporada”.

Após esta experiência impactante proporcionada pela escstunis, a vontade de integrar a tuna e experienciar tudo isto em primeira mão torna-se irresistível. A energia, camaradagem e momentos inesquecíveis transmitidos durante o evento revelam que a tuna vai muito além da música, sendo uma celebração vibrante de criatividade e alegria partilhada. Para concluir, e citando “Gru”, “estamo-nos a esforçar cada vez mais para sair da nossa bolha e este espectáculo foi um exemplo disso, tentámos fugir um bocadinho da nossa zona de conforto”.

Cheios de energia contagiante e envolvidos numa euforia pós-espetáculo, chegou o momento de encerrar a noite da melhor maneira. A cortina desceu, mas a celebração e a magia não terminaram ali. Pelo que ao espetáculo se seguiu um after party que se desenrolou pela noite adentro, permitindo prolongar a experiência.

Fonte da capa: AE ESCS

Artigo revisto por Carolina Rodrigues