Diogo Ribeiro: 2 Ouros em Doha
Diogo Ribeiro, o jovem de 19 anos que no espaço de uma semana fez com que se ouvisse A Portuguesa duas vezes no Catar.
Em 2023, com 18 anos, trouxe o que faltava a Portugal: o pódio num mundial de natação – foi vice-campeão de 50 metros em Mariposa.
O atleta não teve uma vida fácil. Perdeu o pai aos quatro anos e afirma ter falado bastante nestes últimos tempos com o progenitor como força para conquistar o Mundial de 50 e 100 metros em Doha. Aos 16 anos a vida pregou-lhe um susto, tendo sobrevivido a um acidente de moto que lhe causou diversas lesões. Apesar de naquele momento ter pensado que a sua carreira teria chegado ao fim, nunca deixou de lutar.
O jovem nadador do Sport Lisboa e Benfica mostrou-se bastante surpreendido pelo feito atingido nos 50 metros de mariposa, uma vez que, segundo o próprio, começou a prova mal e foi apenas no final, quando se acendeu uma luz vermelha, que se apercebeu do que tinha acontecido realmente. Nos 100 metros, por sua vez, apresentou-se mais tranquilo: “Nos 100 metros sabia o trabalho que tinha a fazer…”
Diogo sente-se muito orgulhoso por ganhar medalhas pelo seu país e foi o único a fazer a prova dos 50 metros abaixo dos 23 segundos e completou a prova dos 100 metros em 51.17 segundos, batendo o seu recorde pessoal. O austríaco Simon Bucher, de apenas 23 anos, ganhou a prata com 51.28 segundos e o polaco Jakub Majerski, da mesma idade, conquistou o bronze com 51.32 segundos.
A última medalha de ouro que recebeu faz com que se torne o primeiro atleta português que conquista uma medalha Mundial numa prova de natação que integra o programa Olímpico, para o qual Diogo afirma continuar a trabalhar, sendo um sonho que pretende cumprir: “enquanto não chegar a medalha olímpica, não vou parar.”
De apenas dezanove anos, e já com tamanha importância histórica em Portugal, o jovem refere que dormiu com as medalhas debaixo da almofada, tendo uma delas acabado por se partir e ter sido substituída. Confessa que, por ser muito jovem, ainda tem bastantes coisas a melhorar e trabalhar, algo que lhe traz garra e felicidade, mostrando-se bastante humilde em relação aos seus feitos.
Dedicou a medalha à família, equipa técnica, treinador, federação, clube e todos aqueles que o apoiaram, destacando sempre a felicidade com que o faz pelo nosso país. Foi capa de jornais como A Bola, O Jogo e Record e tem sido tema em todos os noticiários nos últimos dias.
Certamente que este jovem continuará a destacar-se, sendo a próxima grande oportunidade para tal os Jogos Olímpicos de Paris 2024, para os quais já se apurou em três diferentes distâncias. “Se me dissessem que isto iria acontecer, diria que estavam a sonhar”, afirma o nadador.
Fonte da Capa: SL Benfica
Artigo revisto por Carolina Rodrigues
AUTORIA
A Ainoa desde pequena viveu muito perto do desporto, apesar de não ser muito amiga para o praticar, sempre adorou tudo o resto que tem a ver com o assunto! É aluna do segundo ano da licenciatura de Relações Públicas e Comunicação Empresarial mas sempre teve um bichinho pelo jornalismo desportivo, mais precisamente pelo futebol. Viu na ESCS Magazine uma oportunidade para experimentar a sua veia jornalística. A Ainoa é aquela pessoa que não sabe dizer que não a desafios e gosta de fazer demasiada coisa ao mesmo tempo, nada melhor acrescentar a Magazine à sua to do list ;).