“É um mixed feelings. Estou feliz por estar a acabar o curso e entusiasmado para começar a vida profissional, mas ao mesmo tempo  triste por deixar um sítio que sempre me tratou bem e que se tornou uma casa”. – Tomás Navalho, 3.º ano de Publicidade e Marketing

Com o ano letivo a terminar, os alunos do 3.º ano vêem as suas preocupações, mas também as suas expectativas a crescer, enquanto se preparam para dar um grande salto nas suas vidas académicas e profissionais.

Beatriz Baltazar, de Audiovisual e Multimédia, também partilhou as suas expectativas sobre este momento marcante: “acho que posso falar um bocado por toda a gente, é um sentimento duplo”. Esta aluna destaca que se sente feliz porque conseguiu realizar os seus objetivos, afirmando que: “por um lado, sentes-te realizada, mas por outro ficas com um sentimento de nostalgia, porque vai acabar uma das melhores fases da tua vida”.

Já na reta final, as preocupações dos alunos são diversas. Enquanto alguns se sentem apreensivos relativamente ao seu futuro profissional, outros sentem a pressão de manter o bom desempenho académico enquanto equilibram as tarefas com atividades extracurriculares. Há ainda os que enfrentam dilemas sobre o rumo a seguir e que  se questionam sobre se estão a seguir o caminho certo ou se devem explorar novas oportunidades.

Quando questionado sobre os seus planos futuros, Tomás partilhou o seu desejo de explorar diferentes oportunidades antes de tomar uma decisão definitiva: “o meu plano é começar a trabalhar e descobrir qual é a área que eu mais gosto. Depois, pretendo  tirar mestrado ou pós-graduação nessa área.”. Para além disto, Tomás revela também que a sua família tem uma empresa e que, por isso, trabalhar na área de Marketing seria uma opção: “no entanto, a minha família também tem uma empresa, então outra das opções seria sair para o mercado de trabalho e perceber como é que é trabalhar no Marketing e na Publicidade para depois aplicar esses conhecimentos na empresa”.

Beatriz, por sua vez, partilhou os seus receios e incertezas: “As minhas expectativas são conseguir arranjar um trabalho, mas isso também é um dos meus medos – não conseguir começar logo a trabalhar ou a estagiar. Mesmo que consigas arranjar emprego, há um pouco do medo de não te adaptares, de não saberes se é bem aquilo que queres e se te vais dar bem com as pessoas”.

Apesar de todas as inseguranças, as expectativas são repletas de esperança e determinação. Muitos encaram este momento como uma oportunidade para se destacarem academicamente e para se aproximarem dos seus objetivos profissionais. Muitos olham para o terceiro ano como uma oportunidade de consolidar as suas capacidades e conhecimentos, preparando-se para ingressar no mercado de trabalho ou para continuar os seus estudos em níveis mais avançados.

No entanto, juntamente com essas expectativas otimistas, também surgem dúvidas e receios. O medo do fracasso, a ansiedade em relação à competitividade no mercado de trabalho e a preocupação com a falta de experiência prática são apenas algumas das incertezas que assombram os alunos do terceiro ano.

Tomás Navalho partilhou os seus planos para o que se segue, afirmando: “Tenho poucas expectativas para agora, espero arranjar trabalho […] sobretudo porque a ESCS nos prepara muito bem”. No entanto, também revelou uma preocupação relativamente à transição, referindo: “Em termos de medos, acho que tenho algum receio de perder contacto com algumas pessoas que conheci na ESCS”. Beatriz complementa essa dualidade de sentimentos, ressaltando a complexidade desta fase da vida académica.

Ao  refletir sobre o seu próprio percurso, Tomás ofereceu um conselho àqueles que estão agora a começar a sua trajetória académica: “diria para aproveitarem melhor o primeiro ano, porque passa tudo mesmo super rápido e para confiarem mais em vocês”. Beatriz Baltazar, por sua vez, acrescenta: “Se eu tivesse que dar um conselho a quem está a terminar o primeiro ano diria para aproveitarem com calma. Sei que às vezes pode ser muito stressante, mas tudo se faz. Acima de tudo, aproveitar estes 3 anos porque não se voltam a repetir e aproveitar a ESCS e o seu ambiente”. 

Ao explorarmos as preocupações, expectativas e planos de alunos do terceiro ano, como as de Tomás Navalho e de Beatriz Baltazar, torna-se evidente que o período que antecede a graduação é repleto de sentimentos e emoções contraditórias. Enquanto alguns têm o seu caminho planeado, outros enfrentam uma encruzilhada de possibilidades e incertezas.

É importante perceber que é normal ter uma ideia clara  sobre o caminho a seguir depois da faculdade terminar, mas também é natural o sentimento de indecisão e de confusão. Tomás e Beatriz lembram-nos de que o percurso após a graduação é diferente para cada pessoa e de que não há um caminho certo a seguir. Enquanto alguns estão prontos para abraçar oportunidades imediatas, outros optam por explorar diferentes opções antes de decidirem o seu próximo passo.

Fonte da capa: Académica da Madeira

Artigo revisto por Marta Mendes