Politécnicos sem provas de ingresso?
Os exames nacionais poderão deixar de contar para o ingresso nos Institutos Politécnicos. Esta medida, apresentada na semana passada ao Governo, visa a alteração das regras em vigor para este tipo de ensino, mantendo inalterada a situação das universidades. A média do secundário passaria a ser o critério determinante.
Segundo a proposta, a realização de exames nacionais continua a ser obrigatória mas apenas para completar o secundário. Isto serve para permitir aos alunos que não conseguem a nota mínima de 9,5 no exame mas que têm positiva na disciplina o prosseguimento dos estudos no ensino superior. Os que mais beneficiam com esta proposta são os alunos que pertendem ingressar nas engenharias onde as provas de ingresso incluem, em simultâneo, o exame de Matemática A e Física. Esta medida pode ser contornada em certos cursos do ensino Politécnico que necessitem de que os candidatos tenham certas aptidões prévias – os Institutos passariam a disponibilizar provas específicas de ingresso para o/os curso/os em questão.
Quatro dos mais importantes Institutos Superiores votaram contra esta proposta. Lisboa, Coimbra, Leiria e Porto não aprovam a medida, mas os 10 Institutos representados pelo Conselho Superior dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) detêm a maioria. Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre e CCISP, foi o responsável pelo envio desta proposta.
O sindicato dos professores da região Centro contestou esta proposta pois denota uma “desvalorização do ensino superior politécnico.”
O Ministério da Educação e Ciência ainda está a analisar a proposta.
AUTORIA
A Inês vem da bela aldeia de Vale do Paraíso. Anda a tentar descobrir o seu caminho dentro do Jornalismo, por isso é comum encontrá-la a saltar de núcleo em núcleo. Já ganhou alguns prémios literários no seu concelho, mas desde que entrou na ESCS quase não tem lido ou 'escrevido'. O seu recorde pessoal é ler um livro de 700 páginas em dois dias (não, ela não dorme). O seu local preferido é o -1, onde costuma sofrer de "facejacking" na mão dos seus "amigos". Talvez, um dia, se lembre de não emprestar tanto o computador.