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Politécnicos sem provas de ingresso?

Os exames nacionais poderão deixar de contar para o ingresso nos Institutos Politécnicos. Esta medida, apresentada na semana passada ao Governo, visa a alteração das regras em vigor para este tipo de ensino, mantendo inalterada a situação das universidades. A média do secundário passaria a ser o critério determinante.

Segundo a proposta, a realização de exames nacionais continua a ser obrigatória mas apenas para completar o secundário. Isto serve para permitir aos alunos que não conseguem a nota mínima de 9,5 no exame mas que têm positiva na disciplina o prosseguimento dos estudos no ensino superior. Os que mais beneficiam com esta proposta são os alunos que pertendem ingressar nas engenharias onde as provas de ingresso incluem, em simultâneo, o exame de Matemática A e Física. Esta medida pode ser contornada em certos cursos do ensino Politécnico que necessitem de que os candidatos tenham certas aptidões prévias – os Institutos passariam a disponibilizar provas específicas de ingresso para o/os curso/os em questão.

Quatro dos mais importantes Institutos Superiores votaram contra esta proposta. Lisboa, Coimbra, Leiria e Porto não aprovam a medida, mas os 10 Institutos representados pelo Conselho Superior dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) detêm a maioria. Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre e CCISP, foi o responsável pelo envio desta proposta.

O sindicato dos professores da região Centro contestou esta proposta pois denota uma “desvalorização do ensino superior politécnico.”

O Ministério da Educação e Ciência ainda está a analisar a proposta.

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