Um “mergulho” na Sociedade pouco Feminista
Todos os dias penso que estamos numa sociedade modernizada e civilizada mas não: o papel da mulher permanece quase intacto, tendo mais deveres do que direitos. A sociedade, aparentemente liderada pelos homens, “esmaga” a presença da mulher, “empurrando-a” para caminhos difíceis e com diferentes obstáculos, onde é discriminada pelo próprio meio-social onde nascem ou habitam.
Em termos psicológicos, o pensamento dos homens é algo muito natural e previsível, olhando para a mulher como um mero objecto sexual e de trabalho, com uma natureza física totalmente diferente. Focando-se, assim, nos pontos fracos do sexo feminino, de modo a poder “controlar” este ser a seu bel-prazer, ou seja, tudo está feito para que a mulher tenha de ultrapassar obstáculos a cada situação do dia-a-dia, chegando a ser habitual este mesmo comportamento masculino.
Porque é que a mulher tem menos oportunidades de trabalho? Porque recebem menos dinheiro? Porque têm menos direitos? Porque são maltratadas e violadas, sem haver mais protecção? Todas estas questões podiam ter uma resposta se fôssemos realmente interessados pelo papel da mulher, mas são tão complexas que a nossa sociedade, mesquinha e “masculina”, não se dá ao trabalho de criar soluções plausíveis e igualitárias.
Desde o início da humanidade que a mulher é vista apenas como objecto sexual e de trabalho escravo ou de lida de casa. Pensem comigo, caros leitores: é a mulher que aguenta 9 meses para nos fazer viver, é a mulher que limpa a sujeira que fazemos, é a mulher que nos trata desde que nascemos, é a mulher que se esforça para ter direitos, é a mulher que nunca desiste mesmo quando tudo é “negro” para ela nesta sociedade, mas mesmo assim são os homens o género dominante e com a atitude discriminatória, tal como se fossem os “reis” do planeta Terra.
A mulher tem um simbolismo tão especial que talvez a sociedade sinta a necessidade de eliminar todo esse dom; não podemos encontrar uma explicação racional e lógica para este tipo de discriminação, porque, se a discriminamos por ser diferente de nós, esquecemos que também somos diferentes delas. A mulher começou a trabalhar e a lutar pelos seus objectivos quando os homens foram para as guerras mundiais, e a partir daí nunca mais parou a sua luta pela liberdade, atingindo recordes que nunca a humanidade em si irá conseguir atingir.
Algum de vocês se colocou no lado da mulher? Algum de vocês tentou compreender como as mulheres se sentem em sociedade? Eu já tentei e consegui compreender totalmente, e digo-vos, é vergonhosa a forma como as mulheres são discriminadas: elas sentem-se constrangidas quando são violadas, sentem-se “presas” quando não têm liberdade ou perdem a sua “identidade, sentem-se “menosprezadas” quando a cada situação do dia-a-dia têm de ser fortes e ultrapassar cada obstáculo colocado à sua frente.
Somos todos iguais em termos de direitos e deveres, ninguém tem de “pisoteado” no quotidiano por ser diferente em termos de género, será que temos razão para tratar a mulher de forma errada? Todos nós somos seres-humanos e não podemos viver em sociedade de forma absurda, não podemos olhar para as limitações dos outros, neste caso da mulher, quando todos nós somos limitados em alguma coisa.
Acham mesmo que a natureza física da mulher é diferente da nossa? Existem mulheres a jogar futebol, a ganhar medalhas de atletismo, a serem bem-sucedidas na política e nas grandes empresas, a ganharem o prémio Nobel, e muito mais. Agora digam-me: onde é que ela é diferente? A única diferença que a mulher tem dos homens é a força de vontade logo ao acordar para mostrar a sua coragem e “destruir” ou eliminar cada barreira/obstáculo que se coloque à sua frente.
Para todas as mulheres que leiam este artigo, nunca desistam da vossa luta derradeira pela liberdade, não desistam de se opor aos obstáculos que aparecem na vida. E homens que leiam este artigo, não maltratem quem nunca vos fez mal, nunca discriminem por alguém ser diferente porque vocês também são diferentes de alguém.
A vida é só uma e temos de fazer as pessoas viverem bem, felizes e sem preconceitos. Tudo o que fazemos hoje, irá ter uma consequência amanhã, seja positiva ou negativa.
AUTORIA
Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.