Cimeira de Paris chegou a um acordo para combater as alterações climáticas
O acordo será posteriormente assinado no dia 11 de dezembro.
Fonte: randrewohge.wordpress
Mais de 150 chefes de Estado e de Governo estão em Paris para participar na COP21 com o objetivo de chegarem a um acordo no sentido da redução das emissões de gases com efeito estufa.
Um novo acordo para combater as alterações climáticas foi aprovado este sábado na cimeira do clima de Paris (COP21), pelos ministros dos cerca de 200 países membros, para ser depois assinado a 11 de dezembro.
Reduzido a 48 páginas, o texto constitui “uma nova base de negociações que foi aceite por todos”, disse a representante francesa Laurence Tubiana diante das delegações realizadas em Le Bourget (norte de Paris). “Trata-se de escrever o que vem a seguir”, continuou Tubiana.
Com esta aprovação, encerram-se seis anos de trabalhos que começaram na cimeira do clima de Durban (2011), na África do Sul, quando as negociações para um pacto global de luta contra as alterações climáticas começaram.
O objetivo é limitar a um máximo de 2ºC o aquecimento do Planeta Terra em relação à era pré-industrial, promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa, resultantes da atividade humana.
No entanto, ainda existem vários obstáculos por resolver que provocam a emissão de gases poluentes. Muitos países pretendem estabelecer um acordo que inclua uma meta de longo prazo que defina o que se pretende realizar – o que se apresentou como algo difícil na cimeira. Mas grandes produtores petrolíferos, como a Arábia Saudita, não querem uma definição que reduza o consumo de combustíveis fósseis progressivamente.
Porém, “o trabalho não está terminado, as principais questões políticas continuam a ser decididas. Vamos precisar de toda a nossa energia, inteligência, capacidade de compromisso e capacidade de ver ao longe para chegar a um resultado”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês e líder da COP21, Laurent Fabius.
“Como Nelson Mandela disse: parece ser sempre impossível até ser feito”, comentou Nozipho Mxakato-Diseko, o delegado Sul-Africano na cimeira.