EUA, Japão e Coreia do Sul isolam Coreia do Norte
Kim-Jong Un anunciou na passada quarta-feira, dia 6, que fez explodir uma bomba de hidrogénio. Perante este anúncio, Washington, Tóquio e Seul vão trabalhar em conjunto com o objetivo de aumentar o isolamento da Coreia do Norte. Esta quinta-feira de manhã, Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, disse a Barack Obama ser necessário “uma resposta global e firme” e condenou o ato realizado pela Coreia do Norte como sendo “uma provocação inaceitável”.
Obama falou separadamente com Abe e com Park Geun-Hye, chefe de Estado da Coreia do Sul. Segundo um comunicado emitido pela Casa Branca, os três concordaram “trabalhar para forjar uma resposta internacional forte e unida contra o novo comportamento perigoso da Coreia do Norte”. Sabe-se ainda que, de acordo com Seul, Obama e Park decidiram criar esta frente comum como forma de “assegurar que a Coreia do Norte paga o preço correspondente” pelo ato que cometeu.
A Coreia do Sul começou já a reagir à ação realizado por Kim-Jong Un, limitando a entrada no complexo industrial de Kaesong, que opera em conjunto com a Coreia do Norte. Além disso, vai reiniciar esta quinta-feira as emissões de propaganda ao longo da fronteira, através de altifalantes. Já em agosto do ano passado, os dois países trocaram disparos depois de Pyongyang exigir o fim destas emissões. No entanto, na altura, as Coreias decidiram estabelecer ligações para criarem um acordo que permitisse melhorar as relações entre ambas, o que acabou por acontecer.
É ainda de salientar que passadas 24h desde o anúncio feito por Kim-Jong Un, o Japão revelou não ter detectado qualquer alteração nos níveis de radiação no seu território. A mesma impressão foi registada numa aldeia norte-coreana situada junto à fronteira com a China. Desta forma, foram levantadas suspeitas quanto ao anúncio feito pela Coreia do Norte, uma vez que ainda não foi provada a veracidade do mesmo.