PMDB “joga fora” a coligação brasileira. Posição de Dilma (mais) fragilizada
Foi na passada terça-feira, 29 de março, que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) rompeu com o Partido dos Trabalhadores (PT), de Dilma Roussef. A posição da “presidenta” brasileira é cada vez mais frágil.
A decisão foi tomada na reunião da direção nacional do PMDB, que decorreu em Brasília. No início do mês o partido tinha já demonstrado vontade em abandonar o governo brasileiro, mas só agora é que a decisão foi tomada. Num ambiente de entusiasmo, expressões como “Fora PT” foram ouvidas, acompanhadas de aplausos e gritos de euforia. O fim da coligação e o corte com o PT constituem mais um passo na possível destituição da atual presidente do Brasil.
O PMDB é o partido com maior representação parlamentar. A sua saída para a oposição representa uma quebra no apoio a Dilma, que necessita de, pelo menos, 171 votos da Câmara dos Deputados para evitar o impeachment.
Com sete ministros no Governo, os membros do PMDB têm vindo a apresentar a demissão e a sair do Executivo. Apenas um homem mantém o cargo: Michel Temer, o atual presidente do Partido do Movimento Democrático que é, ao mesmo tempo, o vice-presidente de Dilma, eleito nas presidenciais de 2014. Se a atual Presidente for destituída, é Temer que assume o seu lugar.
Atualmente, Dilma Roussef encontra-se num processo de impeachment que visa a sua destituição do cargo de Presidente da República do Brasil. O processo teve início em fevereiro do ano passado e as acusações passam por questões sobre a lei orçamental e por suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção na Petrobras, da Operação Lava Jato.