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Os muros que nos separam. De Berlim à Catalunha, um 9N diferente.

9 de Novembro de 2014. A humanidade celebra o 25º aniversário da queda do muro que dividiu o mundo em dois, mas esquece-se da existência de outros igualmente perigosos para todos: Coreia do Norte – Coreia do Sul, ou Estados Unidos – México, muros que ainda hoje existem e que nos separam daquilo que é mais importante, a união das pessoas.

Edificado em Agosto de 1961 e derrubado 28 anos depois, o Muro deixou marcas profundas na vida dos berlinenses e do mundo, mas a sua queda criou um estado próspero e unificado que hoje tem impacto nas grandes decisões do mundo. Perto de nós, podes ver partes do “Muro da Vergonha” em Fátima, junto ao santuário, em Sevilha ou Madrid.

Milhares de balões luminosos foram ontem lançados como forma de recordar o muro que o Homem ergueu e derrubou. Mais uma vez se provou que a união de todos consegue fazer acontecer os mais históricos eventos da humanidade. Hoje, e com a ameaça de uma guerra fria 2.0, resta-nos relembrar a memória de todos aqueles que, há 25 anos atrás, provaram serem capazes de unir de novo o mundo.

Quem, por sua vez, usou este dia para criar mais um provável muro neste mundo foram os Catalães. Chamados a votar numa eleição fantasma, sem qualquer resultado vinculativo, foram mais de 2 milhões de pessoas que passaram longas horas em filas para poder exercer o seu direito democrático de participação. É incrível ver como o povo se uniu por uma só causa. Os Catalães acreditam que são capazes de ser melhores se estiverem separados de Espanha. Ninguém o pode afirmar, ou rejeitar, mas é certo que se vai criar mais um muro, mesmo que invisível, entre 2 regiões que sempre viveram juntas.

O futuro pertence às pessoas, e para isso basta haver uma união de todos por uma causa. Ontem, foram 80,72% dos Catalães que disseram o “Sim” a uma separação da Espanha, amanhã serão outros a votar, por agora o muro ainda continua derrubado, talvez seja possível uma independência sem muros, talvez não, o futuro às pessoas pertence.

AUTORIA

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Vem da terra que tem "vinhos" no nome, mas nunca ganhou o concurso da Miss Vindimas. Nem queria, não fiquem com ideias! Não passa mais tempo na ESCS porque os transportes não lhe permitem, mas, para não ter muitas saudades, faz questão de levar trabalho de casa! Acredita que já suou mais no primeiro ano por causa dos núcleos do que aquilo que espera vir a suar nestes 3 anos por causa do curso de jornalismo. Tem uma paixão pela rádio e pela ESCS, felizmente não têm ciúmes uma da outra!