A luta por um império
É certo e sabido que muitos de vocês se recusarão a ler este artigo ou talvez pensem que sou apologista da ideologia nazi. Devo alertar que o meu objetivo é dar-vos a conhecer melhor a mente do homem que em tempos reergueu uma Alemanha destruída após a I Guerra Mundial e mais tarde assombrou a Europa.
Para começar, o primeiro volume de Mein Kampf foi escrito durante o longo período de tempo que Hitler permaneceu na prisão devido às suas ações em nome do partido nazi, e acabou por ser editado em 1925. O segundo volume, escrito já fora da prisão, foi editado em 1926. Esta obra mostra todo um pensar de uma mente que, apesar de ser assustadora, é também a mente de um génio.
É mais fácil perceber o porquê dos feitos deste autor quando lemos este livro e temos a noção da sua maneira de ver os cenários. Aliás, é preciso recuar no tempo para perceber a razão de todos os feitos deste partidário. Tal como vem descrito na obra, Adolf Hitler era constantemente marcado pelas influências militares do seu pai e do seu avô. Curioso é saber que Hitler não tinha aspirações na carreira militar. Na verdade, em rapaz, ele apreciava música e pintava os seus próprios quadros, que mais tarde tentava vender nas ruas. A não aceitação deste gosto pelas artes, por parte da sua família, levou a que Adolf se tornasse uma pessoa revoltada. Esta revolta e estas influências formaram em Hitler um forte sentimento nacionalista e protecionista do povo que aceitou como seu.
As principais ideias expostas na obra são aquelas que foram aplicadas na Alemanha nazi durante a II Guerra Mundial. O livro responde também à principal questão que afligia a população arrasada, “o porquê da derrota alemã”, à qual responde que os culpados e responsáveis eram os comunistas e judeus. Adolf Hitler pretendia reerguer e melhorar uma Alemanha destruída pela I Guerra Mundial; pretendia um país que unisse os alemães de todo o mundo, independente e superior a ameaças exteriores. Para isso ele afirma que “o Estado deve ser um frasco”. Isto porque, tal como um frasco conserva e protege o seu conteúdo, também o Estado devia de proteger a sua nação.
Além disto, como é do conhecimento de todos, Hitler era adepto do antissemitismo e por isso esse tópico domina grande parte do livro. O autor afirmava que os judeus eram uma raça inferior e que prejudicavam fortemente a economia do país. Usou e distorceu a teoria da evolução das espécies de Darwin (as espécies mais fortes e superiores devem liderar) para tentar explicar a superioridade da raça ariana sobre todas as outras raças e especialmente sobre a raça judaica.
Contudo o aspeto que melhor é realçado e notado na obra é que, apesar de o radical nazi Adolf Hitler ter sido bastante violento e duro com outras nações e raças, não deixa de ser possuidor de uma inteligência fantástica e de um poder de persuasão enorme.
Terminada a II Guerra, a venda deste livro tornou-se proibida, tendo sido novamente autorizada uns anos mais tarde. É considerado um best-seller em vários países devido ao facto de ser uma boa forma de entender a ideologia nazi e a mente de uma personagem histórica que, apesar de ter causado dor e sofrimento, tinha também uma grande mente.