À procura dos famosos
No dia 26 de fevereiro, começou a nova edição do Big Brother Famosos e sempre que há uma nova temporada sinto que sou vítima de clickbait. Carreguei acidentalmente num link que dizia: “Big Brother Famosos, veja os famosos que já nem se lembrava que existiam”. Antes de mais, recorri a um livro, também conhecido como Dicionário, que me confirmou que ser famoso implica possuir fama e ser conhecido por um grande número de pessoas, por bons ou maus motivos. Peço, desde já, desculpa a todos aqueles que hoje são classificados como “não famosos”. Não é por mal que se encontram fora do meu espectro de conhecimento de pessoas possuidoras de fama, mas é que eu nunca vos tinha visto.
Portanto, nos próximos parágrafos, dar-vos-ei a conhecer aqueles que, a meu ver, têm (ou tinham) menos fama. Obviamente que não vou falar da Marie, da Bruna Gomes ou do Marco Costa, pois tenho quase a certeza de que todos vocês os conhecem de uma forma ou de outra, e pelos mais diversos motivos. Quanto aos restantes já não tenho tanta certeza.
Começando pelos homens, aqueles que para mim se encontram nos menos famosos são: Bernardo Sousa, Fernando Semedo e Miguel Azevedo. Bernardo Sousa é madeirense, nasceu no Funchal e é um apaixonado pelo rally, que diz ter sangue. Por isso mesmo, é condutor de automóveis e em 2010 foi campeão nacional de rally. Tudo parecia encaminhado, mas em 2019 deixou-se cair numa “infantilidade” e testou positivo no antidoping, devido ao consumo de cocaína durante uma festa. Um deslize que lhe custou, não só uma suspensão, mas também uma exposição em todos os meios sociais, o que o afetou bastante. O certo é que todos temos uma segunda oportunidade para nos redimirmos e voltar à fama, nem que seja uma estadia com tudo pago numa casa da Venda do Pinheiro.
Já Fernando Semedo tem 31 anos e apresenta-se como o “Chef Sem Medo” – um nome que achei bastante original. É conhecido pelo exímio bolo de bolacha apelidado de “o melhor bolo de bolacha do mundo” e, de facto, já tinha salivado ao vê-lo ser confecionado durante o programa da manhã no canal rival. No entanto, mais facilmente reconheceria o bolo do que o chefe (uma espécie de conhecer a arte, mas não conhecer o artista). Além disso, já trabalhou num hotel bastante conhecido pela mítica frase – “Estiveste lá? Serviste de colchão?” – dita, em tempos, por duas ex-concorrentes também de um reality show.
Por fim, Miguel Azevedo vem do Alentejo, tem 35 anos e é músico, mas pode ser chamado de homem dos sete ofícios, pois faz obras, reparações e tantos outros trabalhos bastante úteis quando algo se avaria lá em casa. Desde que não se lembre, como o ex-concorrente André Filipe, de começar a desmontar tudo o que são interruptores e casas de banho, está tudo bem.
No universo feminino, as menos famosas, para mim, são a Vírginia López e, a meio da escala, Mafalda Matos. Começando pelo fim, a Mafalda era aquela que ainda conhecia pela sua participação nos Morangos com Açúcar. Além de atriz, é coach, oradora e mentora holística. O certo é que nunca mais soube o que era feito dela e, agora, até entendo. Talvez estivesse refugiada num retiro espiritual, de onde tirou os ensinamentos que tenta, à força toda, impor nos seus colegas da casa. A única coisa que me preocupa é: será a Mafalda capaz de curar o ex-candidato à Câmara Municipal de Lisboa por aquele partido, do qual não podemos mencionar o nome?
A última concorrente que vos apresento é Vírginia López, uma escritora, oradora e empreendedora espanhola. Tem 42 anos e em 2000 conheceu o nosso país, durante o programa Erasmus, e apaixonou-se por um português (e é por isto, meus caros amigos, que nos devemos inscrever no programa Buddy que a ESCS nos proporciona).
Por fim, a meu ver, estes são os famosos com menos fama da casa “mais vigiada do país” e, se calhar, a minha não capacidade de os reconhecer deve-se ao gap de idades que existe entre mim e os concorrentes. Quanto a este reality show, não tenho muito mais a dizer, mas abro aqui uma petição para que a Cristina Ferreira, atual diretora de entretenimento e ficção da TVI, aposte num elenco idêntico ao do icónico Último a Sair, um programa de 2011 transmitido na RTP1.
Fonte da capa: RUMORES.PT
Artigo revisto por Inês Pinto
AUTORIA
Todos os artigos têm o meu toque pessoal, de modo a criar uma relação de proximidade com o leitor e para que se perceba que quem escreve é igual a quem lê. Tento ao escrever direcionar-me a todos, no geral, mostrando que um artigo de moda e lifestyle pode ser lido por todos os que o desejem. O mundo ainda é retrógrado sobre determinados temas, que nem o deviam ser, e gostava que pudéssemos um dia dar as mãos, no sentido de nos unirmos ainda mais para que vivêssemos sem conflitos e com paz.