Brexit num impasse: oposição admite votar contra ativação da saída
Depois de o Supremo Tribunal de Londres ter decidido no passado dia 2 de novembro que o Parlamento Britânico deve ser consultado antes do processo de saída da UE, a oposição ganha esperança para uma reviravolta.
Apesar dos já longos cinco meses passados desde o referendo sobre o Brexit, o Reino Unido continua ainda bloqueado quanto a uma série de fatores decisivos para a correta saída da União Europeia. Desta feita, parece haver mais um obstáculo à rápida saída do país: depois de o Supremo Tribunal de Londres ter decidido que o Parlamento Britânico terá de votar se aceita, ou não, o Brexit, foram vários os deputados da oposição a declarar que votarão contra, numa clara manifestação de esperança para inverter o resultado do referendo de junho.
Um pouco por toda a oposição – trabalhistas, liberais-democratas ou escoceses -, a notícia da decisão do Supremo Tribunal foi utilizada como impulso para uma nova oportunidade. Tim Farron, líder liberal-democrata, declarou que o seu partido se irá opor ao artigo número 50 do Tratado de Lisboa, que se refere ao processo de retirada de um estado membro da União, e votar contra o Brexit no Parlamento, caso não seja realizado um novo referendo – este a incidir sobre que processo deverá o Reino Unido adotar para a saída da UE.
Já o Partido Trabalhista demonstra estar fraturado quanto a uma posição para esta consulta do Parlamento, não tendo emitido um apoio unânime e claro à decisão que tomará nesta votação. Na mesma situação se encontra o Partido Nacionalista Escocês, sendo, ainda assim, expectável que assuma a posição de votar contra o Brexit.
Naquilo a que ao Governo diz respeito, Theresa May poderá ter de adiar o prazo que tinha delimitado para a saída do país da União – Março de 2017. O Governo já mostrou o seu desagrado face a esta decisão do Supremo Tribunal de Londres, apresentando recurso a esta instância, estando assim o processo de saída num impasse e à espera de uma decisão final.