Cage The Elephant: soltem o bicho!
Adoro descobrir novas bandas. O meu maior pecado é o “Relacionados” do Spotify ou as “Sugestões” do Youtube. É a minha fraqueza e quase toda a justificação de uma preguiça que o meu ser sustenta. Na última semana andei de “Relacionados” em “Relacionados” e fui parar à playlist de uma banda norte-americana, Cage The Elephant.
Foi com grande prazer que senti os acordes treparem-me os phones até aos ouvidos onde foram recebidos com toda a pompa e circunstância que mostraram merecer. Num registo pouco regular, os Cage The Elephant, que varia de acordes mais dinâmicos e letras artísticas a badaladas reinventadas, são uma banda que acima de tudo não cansa, e isso hoje em dia é tão bom. Tão bom encontrar uma banda que não tenha sido espremida por a rádio ou pela publicidade. Uma banda que se possa ouvir e nunca se fartar.
Numa conjugação de rock alternativo e indie rock, os Cage The Elephant contam com 3 álbuns já lançados e não cansam. A faixa que me agarrou foi “Ain’t No Rest For The Wicked Ones”. Apanharam-me de surpresa, desde a letra que conta pequenos relatos de acontecimentos de um homem, que justificam o refrão, aos acordes bem ritmados e subtis atrás da voz de Matt Shultz.
A banda norte-americana foi criada em 2006, e tudo o que tem pela frente é margem para crescer e se afirmarem. A versatilidade sem perder qualidade é algo raro numa época em que o multitasking leva as pessoas a terem de fazer tudo, não fazendo nada realmente bem, como poderiam fazer. Cage The Elephant consegue ir aqui e ali, fazer de tudo um pouco e bem, ao seu estilo, um estilo diferente que anda um bocadinho por aqui e por ali.
AUTORIA
O Tomás é um gajo com a mania de que sabe escrever e que tem opinião sobre tudo. Tem uma farta barba e reza a lenda que sem uma boa imperial nenhuma palavra lhe sai das mãos.