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Centeno volta a ser ouvido na comissão de inquérito do caso Banif

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Mário Centeno está esta terça-feira a ser ouvido uma segunda vez na comissão de inquérito ao Banif. Em causa está o facto de o PSD ter acusado Mário Centeno de prestar “um depoimento falso” sobre o seu papel na venda do Santander Totta.

O ministro das finanças reforça tudo o que já tinha dito e não aceita a “insinuação” de falsidade levantada pelo PSD. Diz encontrar-se “sempre disponível para contribuir para a descoberta da verdade”, pois está “muito confortável com ela”.

Na semana passada, o PSD apresentou um e-mail, que, segundo consta, põe em causa o depoimento do ministro das finanças. Desse e-mail consta uma missiva do presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), que, a 19 de dezembro, alegadamente terá recebido uma chamada de Mário Centeno e de Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, a pedir para o BCE “desbloquear a oferta do Santander junto da Comissão Europeia”.

De salientar que a decisão sobre a resolução do banco e venda ao Santander Totta desenvolveu-se nesse dia e foi anunciado no dia seguinte, 20 de dezembro.

Posto isto, o PSD afirma que tanto Centeno como Vítor Constâncio pediram ao BCE uma “intervenção de amaciamento dos serviços da Comissão Europeia para aceitarem a entrega do Banif ao Santander”.

Centeno defende-se explicando que trocou emails com a Comissão exigindo uma clarificação quanto aos motivos pelos quais rejeitava algumas das propostas recebidas. Acrescenta também que na correspondência eletrónica com a responsável do BCE há referências “à existência de outras ofertas, entretanto recebidas, que segundo a Comissão não eram compatíveis com ajuda de Estado.”

Prosseguiu (assim como a comissão de inquérito irá prosseguir ao longo do dia): “As condições em que a resolução foi concretizada e o custo para os contribuintes foram determinadas pelas atuações das autoridades ao longo dos últimos três anos e meio de vida do Banif. Nada mas nada fará mudar esta afirmação e esta realidade. A nós coube-nos, em apenas três semanas, fazer o melhor possível a partir do que ainda não tinha sido feito”.