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Coletes Amarelos. O ato VII leva menos franceses às ruas

No sétimo sábado consecutivo de manifestações nas ruas de França, foram poucos aqueles que vestiram o colete amarelo e protestaram contra o governo de Emmanuel Macron.  Em Paris, apenas 800 pessoas concentraram-se junto aos Campos Elísios e em frente às sedes de diferentes órgãos de comunicação social.

“Enquanto não estivermos satisfeitos, viremos todos os sábados. Ficaremos aqui nos Campos Elísios porque é onde temos mais visibilidade nacional e internacional. Queremos representar aqui a perda de confiança do povo nas suas instituições”, disse Jean, vindo dos arredores de Paris, em declarações à Lusa.

A concentração deste sábado nos Campos Elísios começou com menos de uma centena de pessoas e as medidas de segurança foram reduzidas em comparação com os protestos de novembro e do início de dezembro.

Também em Paris, junto à sede da estação de notícias BFMTV, os manifestantes entoaram palavras de ordem, exigindo aos jornalistas que parem de “desinformar”, e pediram novamente a demissão do presidente francês Emmanuel Macron. Mesmo com um escasso número de manifestantes, os coletes amarelos tentaram impedir a circulação do elétrico, mas a polícia respondeu rapidamente com recurso a gás lacrimogéneo e a situação ficou resolvida em menos de 30 minutos.

Os protestos seguiram em direção à sede da emissora pública, a France Televisions, onde os manifestantes gritaram “jornalistas colaboradores” e “jornalistas desçam”, segundo informações da France 3.

Em Rouen também houve recurso a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes depois de estes terem ateado fogo à representação do Banco de França na cidade. Em Bordéus, todos os museus e serviços públicos foram fechados antecipadamente e a manifestação reuniu cerca de 2400 pessoas.

Os coletes amarelos iniciaram os protestos em meados de novembro e, desde então, têm saído para as ruas francesas todos os sábados. Emmanuel Macron respondeu às reivindicações dos manifestantes com um pacote de medidas que inclui o aumento do salário mínimo em 100€ e uma redução nos impostos.

Artigo revisto por Gonçalo Taborda