Daesh reivindica ataques terroristas no Sri Lanka
O ISIS reivindicou a autoria dos ataques bombistas no Sri Lanka, que fizeram mais de 300 mortos, no domingo de Páscoa, avança o The Guardian. O anúncio foi feito através do portal de notícias Amqa, que é uma plataforma com ligações ao Daesh, sendo ali que o grupo tem por norma fazer a reivindicação dos seus ataques.
“As investigações iniciais indicam que foi uma retaliação pelo ataque contra as mesquitas na Nova Zelândia”, disse o ministro da Defesa cingalês, Ruwan Wijewardene. No entanto, o governante não comprovou a relação entre os atentados no Sri Lanka e os ataques a duas mesquitas em Christchurch, que vitimou 50 muçulmanos.
Poucas horas depois do atentado, o Governo do Sri Lanka já tinha admitido o possível envolvimento do Daesh e a participação de estrangeiros no ataque. Nesta terça-feira, tinha já sido detido um cidadão cingalês após o interrogatório a 40 pessoas.
No dia dos ataques no Sri Lanka, começou a circular a informação de que a polícia e outras forças de segurança já teriam informação prévia sobre um possível “atentado contra igrejas”. Ruwan Wijewarden afirma que o primeiro-ministro e o Governo não foram informados sobre a iminência de um ataque dentro das fronteiras do país.
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, tem apelado à união nacional. “Hoje, como nação, lamentamos a perda sem sentido de vidas inocentes no domingo de Páscoa. Gostaria de agradecer às forças militares e policiais, às equipas médicas e a todos os que têm trabalhado com bravura e de forma incansável, sem pensar na sua própria segurança, para garantir que os nossos cidadãos estão a salvo. É imperativo mantermo-nos unidos face a esta tragédia indescritível”, escreveu Wickremesinghe no Twitter, esta terça-feira.
A capital do país, Colombo, foi alvo de cinco explosões no domingo de Páscoa em quatro hotéis de luxo e uma igreja. Houve mais duas explosões em igrejas, uma em Negombo e a outra no leste do país. O último ataque aconteceu num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
Entre as vítimas mortais encontra-se um português residente em Viseu.
Revisto por Catarina Santos