Editorias, Opinião

Daft Trump

Na maioria dos países, sem grandes exceções, há eleições presidenciais a cada quatro anos de mandato, para que os cidadãos desse mesmo país tenham a oportunidade de eleger o seu representante. Outro facto, que não é de outro mundo, é que os candidatos a tal cargo possuem um grande poder de argumentação para apelar ao voto das pessoas com promessas, sejam elas mais tarde cumpridas ou não.

Ao ligarmos a TV, num dos canais de notícias, temos acesso às campanhas eleitorais existentes nos Estados Unidos da América, as quais têm ganhado uma repercussão negativa e polémica por parte do candidato Donald Trump, um empresário e investidor multimilionário. São tantas as frases racistas e xenófobas, que apenas vou enumerar as três principais:

  • 16 de junho de 2015 – “Os Estados Unidos tornaram-se uma lixeira para os problemas dos outros”;

  • 16 de junho de 2015 – “O muro vai ser erguido e o México vai começar a comportar-se”;

  • 7 de janeiro de 2016 – “Donald Trump pede a suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos até que os legisladores do nosso país compreendam o que está ocorrendo”.

Como é que um candidato à presidência de um país, desenvolvido em todos os contextos, consegue proferir tais palavras? O que é que leva a uma pessoa a odiar tanto as outras culturas? É óbvio que o México tem enormes cartéis de droga ou que os Estados Unidos têm gangues constituídos por afro-americanos e asiáticos, mas será que podemos generalizar e colocar todas as pessoas de outras culturas no mesmo “saco”?

Não podemos esquecer a demografia dos Estados Unidos da América, com cerca de 313 milhões de habitantes, dos quais 78% são caucasianos, 13% são negros, 5% são asiáticos, 1% são indígenas, entre muitas outras etnias existentes neste país, referenciando que de todos os habitantes apenas 1% pratica a religião muçulmana (estimativas de 2007, ou seja, em nove anos é óbvio que estes números aumentaram).

Pelo que percebi até agora, a solução de Donald Trump será expulsar cerca de 78 milhões de pessoas apenas porque praticam religiões diferentes ou pertencem a grupos étnicos diferentes. Um dado interessante é que foi este mesmo país que trouxe os escravos africanos para o continente americano, para ter mão-de-obra mais barata, e que “destruiu” inúmeras tribos indígenas, para se apoderarem das suas riquezas e territórios.

A meu ver, e com todo o respeito, se o Donald Trump for eleito presidente dos Estados Unidos da América não será muito difícil despoletar a Terceira Guerra Mundial ou a mudança de sigla para UFSA (Estados Fascistas Unidos da América), no qual irão ditar regras fascistas que há décadas atrás arruinaram países como: França, Alemanha, Itália e Japão. E tendo tudo isto em conta, a pergunta é: “Qual será o futuro dos EUA com Donald Trump na presidência?”.

O Pedro Almeida escreve com o Novo Acordo Ortográfico.

AUTORIA

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Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.