Estrala a bomba e o míssil vai no ar!
Numa altura em que os ataques terroristas assombram a existência da humanidade, eis que surge a Coreia do Norte, um dos países mais “fechados” do mundo e o atual bicampeão na prova de lançamento do míssil.
Apesar de a situação se ter agravado imenso nos últimos dois anos, não nos podemos esquecer de que este país começou a testar armamento nuclear em 1993, quando, a nível global, ainda estavam a ser introduzidas muitas das tecnologias que hoje usamos diariamente.
Para além disso, até 2006 não foram realizados mais testes nucleares, o que seria uma ótima notícia se este não fosse um país isolado: por mais espiões que existam e por mais relatórios extensos do FBI que sejam feitos, é impossível obter total informação acerca do que ocorre dentro deste país, algo que tornou inviável prever a situação grave em que nos encontramos agora.
Nos últimos dois anos foram testados diferentes mísseis, tal como: o de médio alcance e o intercontinental de elevado alcance, que pode devastar os EUA se for equipado com bombas de hidrogénio 1000x mais potentes que as bombas nucleares que caíram sobre Nagasaki e Hiroshima, na 2ª Guerra Mundial.
Se naquela época apenas os EUA possuíam armamento nuclear, atualmente existem nove países com capacidade para detonar uma bomba desta natureza.
Como podemos nós estar na iminência de uma prova olímpica de lançamento do míssil entre a Coreia do Norte e os EUA e, ainda assim, haver tanto diálogo?
A cada nova ameaça da Coreia aproximamo-nos do fim da humanidade e as provas disso são mais que muitas; porque não impor, então, sanções que realmente proíbam o avanço nuclear?
É verdade que é preciso tempo pelo facto de estarmos a lidar com uma situação perigosa, que está nas mãos de um ditador com ideias fixas; no entanto, já passaram duas décadas desde o primeiro teste nuclear e a cada dia que passa estamos só a permitir que um país, cujas ideologias dominantes são o inverso das nossas, se possa vangloriar do poderio que tem e ameaçar a humanidade.
Ainda há ataques terroristas todos os anos, mas a união dos países afetados não enfraqueceu o Estado Islâmico e a Al-Qaeda?
Não cortámos totalmente o financiamento aos países onde as filiais islâmicas estão instaladas? Não têm sido colocadas barreiras nas principais praças europeias para evitar ataques terroristas com atropelamentos?
Então, porque é que na questão nuclear a ONU tem só aprovado cortes parciais no que diz respeito ao financiamento de combustíveis fósseis à Coreia do Norte? Ainda pior, porque têm os EUA e a Coreia do Sul ensaiado movimentos militares para “responder” às ameaças da Coreia do Norte?
A expressão “olho por olho, dente por dente”, não se adequa em nada a esta situação, em que está em perigo a raça humana.
Muitos acham o Donald Trump doido, e de facto tem atitudes condenáveis do ponto de vista ético, mas ele sugeriu, na última reunião da ONU, que deveria ser feito um corte total no financiamento à Coreia do Norte; contudo, a sua sugestão não foi aceite por duas razões: a China e a Rússia, duas potências mundiais que afirmam ser contra os testes nucleares, mas que no fim de contas não querem deixar de apoiar um dos seus maiores aliados.
Uma vez mais, só estamos a provar que o maior inimigo é, sem sombra de dúvidas, a raça humana. Infelizmente, já assistimos a tanto sofrimento que, para alguns países, o mais importante será assistir à final do lançamento do míssil, cujo prémio será o fim da humanidade.
AUTORIA
Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.