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Explosões em Lamego provocam seis mortos e dois desaparecidos

Uma série de explosões numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, provocou a morte de seis pessoas na passada terça-feira, 4 de abril. Outras duas pessoas continuam desaparecidas e os trabalhos de recolha de vestígios biológicos decorrem ainda no local.

Dois dias após a tragédia são ainda vários os operacionais no terreno que procuram vestígios das duas pessoas ainda desaparecidas. As explosões na fábrica Egas Sequeira, que vitimaram seis pessoas na passada terça feira, foram sentidas por toda a região e chegaram a provocar um incêndio florestal, controlado posteriormente pelos bombeiros presentes no local. A Brigada de Minas e Explosivos da GNR esteve no local, assim como os psicólogos que continuam a prestar apoio aos familiares. Seis das oito vítimas eram da mesma família.

O perímetro de buscas foi ainda alargado, visto que o corpo da sexta vítima foi já encontrado a cerca de duzentos metros da explosão.O comandante distrital de operações de socorro de Viseu, Miguel David, sublinhou que estes “são trabalhos minuciosos e que levam o seu tempo, havendo a componente de segurança que é necessário assegurar”. Entretanto, a polícia no terreno tem procedido a explosões controladas de materiais pirotécnicos que se encontram ainda no local.

A Polícia Judiciária está a apurar as causas deste acidente, tendo sido aberto um inquérito do caso. O Instituto de Medicina Legal do Porto iniciou também a perícia e a identificação dos seis corpos encontrados ainda na tarde de terça-feira.

Em Portugal, morreram 22 pessoas em acidentes em fábricas de pirotecnia em Portugal nos últimos 12 anos. O último acidente ocorreu há cerca de um mês, numa fábrica de Mancelos, Amarante, provocando um morto.