GABRIEL
“Gabriel” estreou no passado dia 21 de março e marca o lançamento de Nuno Bernardo nas longas metragens. Conta com a participação de Igor Regalla, José Condessa e Ana Marta Ferreira em papéis principais, mas também com outras caras conhecidas do público, como Mina Andala, Ângelo Torres, Almeno Gonçalves e Carlos Areia, entre outros.
O filme conta a história de um jovem cabo verdiano, Gabriel, que vem para Lisboa à procura do pai, após a morte da mãe, ficando a viver com a tia materna e o primo.
Na vida do rapaz surge Elisa, a explicadora, que o ajuda na integração no bairro e por quem o rapaz se apaixona.
Fascinado por boxe desde sempre, acaba por se inscrever num clube local, seguindo as pegadas do pai, que agora sofre de alzheimer, e, para que lhe possa dar uma melhor qualidade de vida, entra num esquema fraudulento de lutas ilegais, entregando o seu dinheiro a um enfermeiro corrupto sob falsas promessas.
O espectador depara-se com problemas dos dias de hoje: o filme aborda temáticas vigentes na nossa sociedade como o racismo, a violência, a corrupção, a pobreza ou o consumo, sendo por isso considerado por alguns como uma “surpresa portuguesa”.
Exalta o orgulho nacional, trazendo para a frente questões sensíveis e sobre as quais ninguém fala. Proporciona a todos os que a ele assistem um ambiente um tanto frio e até assustador, de tanto realismo, mas ao mesmo tempo muito emocionante.
“Vai”, de Vado, é o tema oficial do filme, mas da banda sonora fazem parte outros nomes como Piruka, Dillaz, Royalistick ou Estraca, que, com as próprias letras das músicas, nos levam a refletir sobre essas questões.
“Gabriel” estreou a 3 de agosto de 2018 no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça e, de acordo com o site IMDb, o filme conta já com uma pontuação de 6,6 em 10.
Revisto por Catarina Santos