Cinema e Televisão

Gringo: o feitiço vira-se contra o feiticeiro

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Um cidadão exemplar que se vê a lutar contra todos os seus princípios. Esta é uma comédia recheada de ação, onde nada é dado como certo, que conta com um excelente elenco.

Harold era apenas um simples cidadão que trabalhava como gestor de uma empresa farmacêutica multimilionária. Nesta empresa, chamada Promethium, desenvolveu-se um fármaco baseado em marijuana. É a partir deste momento que a ação toma os seus contornos. Harold, levado pelos seus patrões, vai para o México entregar a fórmula do comprimido ao laboratório que o irá produzir. Mas, quando este percebe que o real objetivo se trata apenas de resolver negócios ilegais e que poderá ser despedido, Harold tenta dar a volta à situação, simulando o seu próprio rapto para receber uma alta indemnização. No entanto, o plano dá para o torto e Harold acaba por se ver num novo papel: o de criminoso procurado. A partir daqui a sua vida dará voltas e reviravoltas ao ponto de tornar Harold uma pessoa completamente diferente.

Apesar dos tons de ação, Gringo é, sobretudo, um filme de comédia. Um filme que vai buscar a sua qualidade não à sua história, mas sim ao elenco de luxo escolhido a dedo. Gringo conta com a participação de estrelas como Charlize Theron, Joel Edgerton ou Amanda Seyfried, que trazem humor para as cenas sem que estas sejam demasiado forçadas. Contudo, todo o enredo já está demasiado explorado, não se podendo assim falar de autêntica originalidade, sendo que se vai buscar novamente a temática do tráfico de droga e dos cartéis. No entanto destaca-se pela exploração da moralidade, visto que Harold passa de um cidadão exemplar a alguém que já não segue as regras.

Apesar de ser um filme com um enredo já antes visto, a nova perspetiva que o realizador Nash Edgerton lhe dá torna-o num filme cativante, cheio de humor do inicio ao fim, que deixa uma pergunta no ar: Será que podemos todos ser moralmente corrompidos?