“Gypsy” – Uma Série que quebra a ética da psicologia
Estreou na Netflix em 2017 e até agora conta com uma temporada apenas, sem garantia de uma segunda. “Gypsy” traduzido para português significa “cigana” e é o que remete para a personagem principal, Jean. Tal como a comunidade cigana é conhecida pela sua vida nómada, a protagonista também é conhecida pelo mesmo, mas com uma particularidade diferente: ela não é uma nómada de lugares, mas de personalidades.
Jean é uma psicóloga que, apesar de misteriosa, aparenta ter uma vida completamente normal, com um casamento estável, com Michael, e uma filha, Dolly, que foge dos padrões estabelecidos pela sociedade relativamente ao seu género. Porém, a vida da psicóloga não é tão equilibrada quanto aparenta ser.
Durante a sua rotina de trabalho no consultório, Jean começa a ir para além dos limites da ética da sua profissão ao envolver-se pessoal e afetivamente com pessoas chegadas aos seus pacientes. Assim, Jean vai-se aproximando de Sidney – ex-namorada de um dos seus pacientes que sente dificuldade em ultrapassar o término da relação -, com quem se envolve emocionalmente.
Tal como todos os envolvimentos de Jean, este com Sidney deve-se ao facto de a protagonista se rever na ex-namorada do paciente, devido ao seu espírito jovial e aventureiro que a atrai física e psicologicamente.
Ao longo dos episódios, a psicóloga mostra-se presa às suas duas personalidades: a de mãe responsável, mulher companheira e psicóloga respeitada; e a de mulher livre e aventureira sem amarras. Jean revela gostar deste tipo de jogo onde predominam as manipulações e mentiras que a envolvem com terceiros e para dar vazão a estes enredos a protagonista cria uma identidade falsa – Diane Hart.
São vários os críticos que apontam alguns defeitos a “Gypsy”, entre os quais se destacam a lentidão com que a série se desenvolve ao longo dos episódios e a falta de explicações no seu final. Porém, esta é uma série apreciada pelos seus espetadores, devido a todo o mistério que envolve a personagem principal e todo o enredo que é formulado durante a história.
Artigo revisto por Maria Ponce Madeira
Fonte da foto de capa: Vix
AUTORIA
A área da comunicação foi algo que sempre me apaixonou e por isso, segui esse mesmo caminho. Sou licenciada em Ciências da Comunicação e encontro-me agora no mestrado de Jornalismo. Para além disto, colaboro com a ESCS Magazine ao abordar diversas temáticas que considero interessantes. É um gosto muito grande estar a partilhar histórias, ao mesmo tempo que adquiro e aprofundo conhecimentos.