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Hells Angels: trinta e sete arguidos em prisão preventiva saem em liberdade

Vão ser libertados 37 arguidos do Processo Hells Angels por terem atingido o prazo máximo de prisão preventiva permitido por lei.

FONTE: KACPER PEMPEL/ EXPRESSO

37 dos 40 arguidos do Porcesso Hells Angels que estavam em prisão preventiva e prisão domiciliária foram postos em liberdade, segundo uma fonte do tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Trinta e três arguidos do processo principal estavam em prisão preventiva e quatro estavam em obrigação de permanência na habitação com pulseira eletrónica.

Os arguidos vão ser libertados porque atingiram o prazo máximo de prisão preventiva, que é de um ano e quatro meses. A decisão sobre se os arguidos devem ou não ir a julgamento deveria ser proferida a 18 de Novembro, mas já foi dada a certeza de que tal não vai acontecer.

O não cumprimento do prazo deve-se não só à complexidade do processo como também ao facto de existirem arguidos de nacionalidade estrangeira, o que obriga à tradução das 540 páginas do processo. Além disso, o processo já passou por vários tribunais antes de ser estabelecido que seria o Tribunal Central de Instrução Criminal a decidir se o caso deve prosseguir para julgamento.

O caso remonta a Março do ano passado quando cerca de 20 motociclistas do grupo Hells Angels se envolveram em confrontos com o grupo Red&Gold de extrema-direita. Os arguidos foram acusados da prática de associação criminosa, homicídio qualificado na forma tentada, roubo, ofensas à integridade física graves, ofensas à integridade física qualificada, detenção de armas proibidas e tráfico de droga.

Artigo revisto por Catarina Gramaço