Informação, Informação

Isabel dos Santos e os espanhóis do CaixaBank fecharam acordo sobre o BPI

Captura de ecrã 2016-04-18, às 00.06.36

Depois de longas negociações, o banco espanhol vai mesmo ficar com os 18,6% de Isabel dos Santos. O acordo ainda não é totalmente conhecido mas está para breve.

O prazo dado pelo Banco Central Europeu (BCE) terminava no domingo mas o acordo entre os catalães do Caixabank e Isabel dos Santos foi alcançado já este sábado.

Assim fica cumprida a exigência do BCE, que pedia ao banco português para reduzir a exposição ao mercado angolano, que passava pela saída da empresária Isabel dos Santos do BPI. Em contrapartida, a filha do Presidente de Angola ficará com a posição que o banco liderado por Fernando Ulrich tem no Banco de Fomento de Angola (BFA).

O comunicado oficial ao mercado será em breve, logo que todas a questões burocráticas forem ultrapassadas e cumpridas. Certo é que não haverá penalizações ao BPI por parte do BCE.

O primeiro-ministro também se mostrou confiante quanto à resolução do impasse. Numa entrevista à TSF e Diário de Notícias, António Costa afirmou que “não há nenhuma razão, neste momento, para não confiar que as partes vão chegar a um entendimento em tempo útil”.

Fechado o negócio, Isidre Fainé, presidente do Caixabank, será o novo dono do BPI e Isabel dos Santos a próxima líder do BFA. Fernando Ulrich, atual presidente da comissão executiva do banco português, continuará no cargo se o limite de idade – 62 anos – acaba para os membros da comissão executiva.

Toda esta operação, pressionada pelo Banco Central Europeu, teve como objetivo proteger os accionistas portugueses do BPI. Havendo uma oferta pública de aquisição, a lei obriga a que a oferta do CaixaBank seja lançada sobre a totalidade do capital do banco e o preço oferecido à holding angolana tem de ser o mesmo estabelecido para todos os acionistas.

Este processo permite também a redução da exposição do BPI a Angola já que o país está na lista de países que o BCE considera não terem uma supervisão exigente e equivalente às práticas europeias. Se não houvesse acordo até 10 de abril – data limite – o BPI teria de pagar ao BCE uma multa diária de 160 mil euros.