La Casa de Papel: motivos para veres a série do momento
La Casa de Papel é a série do momento. A minissérie de 15 episódios foi produzida por Álex Pina para o canal de televisão espanhol Antena 3 e estreou no país vizinho no início de maio de 2017. Contudo, La Casa de Papel apenas ganhou notoriedade a nível mundial quando entrou no catálogo da Netflix, no final do ano passado. A plataforma de streaming estreou este conteúdo sem grande esperança de que este viesse a ser um dos seus maiores êxitos de sempre.
A série foi dividida em duas partes: A 1ª com 13 episódios, mas que na verdade são apenas 9, pois a plataforma reduziu o tempo de cada episódio – originalmente de aproximadamente 1h – para a duração de 45 a 55 minutos, e a 2ª com os restantes 6 episódios – com data prevista de estreia para 6 de abril. Se ainda não a viste, apresentamos-te alguns dos motivos pelos quais deves ver a série espanhola.
1 – O planeamento do assalto:
A série retrata a organização e a realização do maior assalto do século à Fábrica Nacional da Moeda Espanhola. Uma personagem misteriosa que se apresenta como o Professor junta 8 assaltantes. Cada possui habilidades próprias – a serem desvendadas ao longo da trama – e que não têm nada a perder ao entrarem na Fábrica para roubar 2,4 mil milhões de euros.
Do lado da polícia, encontramos a inspetora responsável pelo assalto, Raquel Murillo, e que desempenha um papel importante no desenrolar de toda a história, ao ser o elo de ligação entre a polícia e o Professor.
É simplesmente fenomenal o quão bem planeado está assalto. O Professor consegue prever todos os passos da polícia e o que irá acontecer em cada um dos momentos. É daquelas séries viciantes e que faz com que querias ver vários episódios de seguida. Em cada episódio é desvendada uma parte importante do plano e, como tal, a vontade de assistir ao próximo passo é grande.
2 – O mistério dos nomes e das histórias das personagens:
As personagens desta série apresentam uma particularidade: têm nomes de cidades. Os 8 assaltantes – Tóquio, Nairobi, Rio, Berlim, Moscovo, Oslo, Helsínquia e Denver – escolheram nomes de cidades com o intuito de proteger a sua identidade durante o assalto. Este aspeto é muito interessante, pois desperta no espectador curiosidade acerca dos nomes reais dos assaltantes.
A própria história de cada um dos personagens não é revelada na sua totalidade logo no início de La Casa de Papel. Apenas no decorrer da série é que vamos descobrindo as histórias pessoais de todos e os seus respetivos nomes. Se só com estes nomes o interesse é grande, devido ao mistério, ao serem desvendadas as suas verdadeiras histórias o interesse aumenta. Consegues perceber os motivos que levaram cada um deles a participar no assalto e a sua perspetiva.
3 – A banda sonora:
As músicas escolhidas para esta série são também um dos motivos pelos quais a deves ver. A faixa musical adequa-se perfeitamente à série. É viciante. Fica durante várias semanas na tua cabeça.
A música de abertura é uma das melhores músicas alguma vez escolhidas para uma série: “My Life is Going On” de Cecilia Krull. Outro dos melhores temas de La Casa de Papel é, sem dúvida, “Bella Ciao“: o tema aparece numa cena entre o Professor e Berlim na noite anterior ao assalto. A origem da música é incerta. Porém, sabemos que esta foi um símbolo de protesto contra o Fascismo em Itália durante a 2ª Guerra Mundial e mais recentemente em protestos em Hong Kong. O assalto pode ser entendido como um protesto pela desigualdade social e económica e, dessa forma, não existe melhor música para o representar.
Como se estas 2 músicas não fossem já um bom motivo, a série espanhola conta ainda com um facto interessante a nível musical. A música “Fado Boémio” de Piedade Fernandes aparece no início do quinto episódio. Uma boa escolha para retratar um dos momentos de tensão.
4 – Assaltantes vs. Polícia:
Numa situação de assalto desta magnitude, é de esperar igualmente um grande aparato policial para resolver o problema. Raquel Murillo é a inspetora responsável por este caso. Torna-se numa das melhores personagens da série devido ao seu carisma e à sua insistência. O espectador acaba por criar uma certa simpatia pela inspetora. Esta teve de ultrapassar uma situação pessoal muito complicada. Enquanto isto, tentou gerir isto da melhor forma possível, devido ao facto de ser quem comunica com o Professor.
Existe, outras personagens deste lado da bancada também importantes para o desfecho de alguns episódios – o subinspetor Angél e o coronel Prieto. A existência destas personagens pode acabar por originar uma espécie de dilema no pensamento do espetador: Assaltantes vs. Polícia. Em alguns momentos da série, o telespetador está claramente do lado da Polícia Espanhola, noutros momentos, está evidentemente do lado dos assaltantes. Normalmente, após conhecer a história de cada um na sua totalidade.