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Lisboa: lojas sociais são cada vez mais uma opção

Em Lisboa há vinte e seis lojas sociais, cujo objetivo é dar resposta às necessidades das pessoas mais carenciadas. A partilha e troca de bens, como roupas e calçado, é uma realidade que tem vindo a aumentar.

A procura destas lojas surge associada à crise que o país está a passar. João Afonso, vereador dos Direitos Sociais na Câmara de Lisboa, disse à Lusa que “As pessoas começam a ter consciência de que aquilo de que já não precisam pode ter utilidade para outras pessoas, mas também há muitas pessoas que começam a pensar que talvez não valha a pena comprar; talvez seja melhor trocar e ir buscar bens que ainda estão em bom estado”.

As lojas sociais de Lisboa dispõem de uma plataforma online onde é possível as pessoas interessadas em partilhar bens, como roupa, calçado e até produtos alimentares, terem informações acerca dos locais onde podem doá-los e até mesmo recebê-los.

A Loja Comunitária do Bairro da Boavista, em Benfica, “já ajudou mais de 200 famílias”, no entanto, o apoio que presta é “uma gota de água num oceano”, pois é insuficiente para responder às necessidades de tanta gente, diz Gilda Caldeira, responsável pelo espaço e presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro da Boavista.

Em Belém, a loja social “Não Custa Nada” faz “a ligação entre as pessoas que querem dar um bem e quem precisa de o receber”. Nesta loja são deixadas as mais variadas coisas, desde vestuário a eletrodomésticos usados e, até mesmo, móveis antigos, tudo coisas “em bom estado”, afirmou João Carvalhosa.

“Tivemos a consciência e a noção de que a crise afetou não só os mais carenciados, mas também algumas pessoas de classe média”, referiu o responsável pela Ação Social na freguesia de Belém.

João Afonso relembrou o facto de que Lisboa vai ser capital europeia do voluntariado e, tanto as lojas sociais, os voluntários nas mesmas e as pessoas que doam bens, fazem parte da “disponibilidade” e “vontade de partilhar”.

 

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