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Manifestações violentas continuam em Hong Kong

Milhares de cidadãos saíram à rua no domingo para continuarem em protesto. Os confrontos com a polícia marcaram esta manifestação não autorizada. Esta concentração de pessoas nas ruas acontece dois dias antes da celebração do Dia Nacional da China.

Os cidadãos em Hong Kong concentraram-se nas ruas no domingo para mais protestos. Uma das zonas comerciais mais movimentadas, Causeway Bay, viu as vestes negras dos manifestantes encherem as suas ruas por volta das 14h30, hora local. Houve vários confrontos violentos entre polícia e manifestantes, com estes últimos a atirarem tijolos e “cocktails molotov” durante o protesto.

Os oficiais destacados para a manifestação tiveram de usar canhões de água colorida, gás lacrimogénio, balas de borracha e spray pimenta para dispersar a multidão. Dezenas de manifestantes foram detidos após serem perseguidos pela polícia.

A zona de Wan Chai também foi um dos alvos da manifestação, com estações de metro vandalizadas e o encerramento de uma das igrejas por parte da polícia. Os manifestantes também destruíram vários cartazes alusivos à celebração dos 70 anos da República Popular da China.

Hong Kong está mergulhada numa crise política desde junho deste ano. A polémica lei da extradição tem provocado manifestações regulares, algumas bastante violentas e que paralisaram o país.

O Governo já anunciou a retirada das emendas dessa lei, mas os manifestantes querem que o executivo aceite outras reivindicações. Entre elas estão o pedido de que os protestos não sejam identificados como motins, a libertação dos manifestantes detidos, e a demissão da chefe de Governo seguida de eleições para esse cargo e para o parlamento.

Hong Kong foi transferida juntamente com Macau para a República Popular da China em 1997, tendo ambas passado a ser regiões administrativas. Desde aí, a China opera sobre o princípio “um país, dois sistemas”. Ambas as regiões têm um elevado grau de autonomia em todos os campos, exceto na defesa e relações externas. Segundo o que foi acordado, este período de independência duraria 50 anos.

Artigo revisto por Mariana Coelho