Na garagem dos nossos amigos a “curtir” umas malhas
O Lux recebeu, no dia 15 de fevereiro, o concerto de apresentação do novo álbum dos Linda Martini e a banda lisboeta não desiludiu.
Poucos minutos passavam das 22h e a fila à porta do Lux já era grande. A noite estava fria, mas nunca o suficiente para demover estes fãs ansiosos que queriam ver uma das melhores bandas portuguesas da atualidade.
A noite começou com “Semi Tédio dos Prazeres” que foi entoado a plenos pulmões pelos presentes, apesar de o álbum ter estado disponível só alguns dias antes do concerto. Este aspeto demonstrou-se em todas as canções do novo álbum – uma prova da devoção destes fãs aos Linda.
Houve tempo para passar por todos os álbuns da banda. “Lição de Voo N°1”(que como Hélio Morais disse já não era tocada há algum tempo), do primeiro EP de 2005, e “As Putas Dançam Slows” de Marsupial (2008), músicas que surpreenderam os fãs mais antigos da banda e foram cantadas mais uma vez com as vozes de todos no alto.
“Cem Metros Sereia” fechou o concerto, e mesmo com algumas vozes a darem sinais de afonia, ninguém a deixou de cantar.
O ambiente na sala, esse, foi eletrizante do primeiro ao último segundo, como a banda já nos habitou. Houve moche pits e crowdsurfing e neste último até Pedro Geraldes, guitarrista da banda, deu um pézinho.
A ligação da banda aos fãs é única – saímos da sala lisboeta como se estivéssemos estado na garagem a ouvir uns amigos tocar umas malhas, mas em ponto grande. Isso é raro e é o que torna os Linda Martini tão especiais, quer sejam fãs de longa data, ou este seja o primeiro concerto, sai-se sempre com uma sensação de pertença.
Era uma da manhã quando saímos do Lux com pescoços doridos e vozes roucas, mas um sorriso na cara.
AUTORIA
Estudante de Audiovisual e Multimédia, amante de rádio e viciado em Coca-Cola. Escreve ocasionalmente para aliviar o stress. Só experimentou a ESCS Magazine no 2° ano, mas escreveu, gostou e ficou por cá.