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NATO vai combater tráfico de migrantes no mesmo dia em que um relatório Sírio divulga que 3 milhões de pessoas fugiram do país devido à guerra

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A NATO irá combater o tráfico de migrantes no mar Egeu. Após o apelo da Grécia, Turquia e Alemanha, o secretário norte-americano da Defesa, Ashton Carter, anunciou em Bruxelas o apoio da NATO às missões de monotorização e combate ao tráfico de migrantes. Neste seguimento, irão ser enviados navios de guerra das forças de segurança do Atlântico Norte, de imediato.

O mar Egeu situa-se numa zona interna do mar Mediterrâneo e neste momento é bastante utilizado por traficantes que fazem chegar centenas de migrantes à Europa, provenientes de países como a Síria, o Iraque ou do Afeganistão. Estima-se que cerca de 75 mil pessoas atravessaram o mar Egeu e 409 morreram a tentar.

Também nesta quinta-feira foi revelado, pelo Centro Sírio de Pesquisa Política, que a população Síria decaiu cerca de 21%, um quinto da população, muito devido à onda de refugiados rumo à Turquia e à Europa.

O centro de estudos independente e não-governamental revelou dados avassaladores e tradutores destes cinco anos de guerra. Avaliou o impacto, tanto na população, como na economia e nas infra-estruturas da Síria, demostrando valores bastante superiores aos dados da ONU.

Contrariando os números mais recentes da Organização das Nações Unidas, que dão conta de 250 mil mortos, Rabie Nasser, o autor do relatório, revela a existência de meio milhão de mortos e 1,9 milhões de feridos desde o início do conflito, em Março de 2011. Os dados revelam também que a esperança média de vida decresceu cerca de 15 anos, passando de 70 anos para 55 e a taxa de mortalidade passou de 4,4 mil pessoas, em 2010, para 10,9 mil, em 2015.

Dos 470 mil mortos contabilizados, cerca de 70 mil são vítimas indirectas do conflito, pois não conseguiram resistir à falta de água potável, medicamentos e outros cuidados de saúde.

O relatório dá também conta de que cerca de 45% da população teria sido forçada a sair das suas casas devido à guerra. Sem condições de sobrevivência no interior da Síria, foram cerca de 3 milhões de pessoas que fugiram como refugiadas.