O Benfica é que tem de apostar nos jovens emprestados
Correm, nesta altura em que a época já vai com um terço, notícias sobre a pouca utilização de muitos dos jogadores emprestados pelo Benfica. Jovens como Tomás Tavares, Florentino, Gedson e Jota estão numa fase da carreira em que precisam de jogar.
Vários comentadores de Portugal apontam que se nos clubes em que estes jogadores estão emprestados eles também não jogam, então é porque o problema não é do treinador A, B ou C. Mas se Matheus Nunes, do Sporting, fosse emprestado, alguém apostava nele?! Só se fosse um empréstimo a um clube da nossa Liga.
Mas os jogadores emprestados pelo Benfica estão em grandes ligas. Porventura, para os encarnados dividirem mais facilmente despesas salariais com os clubes que recebem os jogadores. Ou por outros interesses.
Agora: algum clube da liga espanhola punha Daniel Bragança do Sporting a jogar por tempo efetivo?! Ou Gonçalo Inácio, também dos leões?!
Aqui a questão é que quem tem de acreditar e apostar nos jogadores são os próprios clubes. Quando muito, estes jogadores podem rodar em equipas do nosso campeonato, com treinadores que confiem no potencial deles e os conheçam.
O Benfica é que tem de acreditar em Tomás Tavares. Não é o Alavés. Sem André Almeida, Tomás Tavares não faz falta…? É inferior a Gilberto…?
O Benfica é que tem de acreditar em Florentino. Não é o Mónaco. Com a posição 6 indefinida, o jovem médio, titular da seleção sub-21 e em numerosas ocasiões no último campeonato conquistado pelo clube da Luz, não entrava na equipa deste ano…?
Gedson, que ficou fora da lista de opções do Tottenham na Liga Europa, que era onde podia vir a ter alguns minutos na equipa comandada por José Mourinho, não estaria melhor no Benfica?
As águias precisam de um maior equilíbrio e sentido estratégico na aposta na formação. Mais: a quantidade de jogadores que o Benfica empresta todos os anos é assoberbante. Contratar menos e com mais critério tem de ser a solução.
Artigo revisto por Ana Janeiro
AUTORIA
É amante do futebol e da paixão pelo desporto desde muito cedo. Tem enorme brio naquilo que faz, no conhecimento que procura sobre esta área. Sonha ser jornalista desportivo e marcar pela diferença, por trazer o futebol jogado para a discussão.