O Braga é “pouco analisado”? Há muitas nuances para analisar
Carlos Carvalhal, técnico do Sporting de Braga, afirmou, depois de carimbar o apuramento para a final da Taça de Portugal no Estádio do Dragão, que não queria falar muito da ideia de jogo da equipa e que a mesma é pouco analisada.
O Braga estrutura-se num 3x4x2x1 com muitas nuances que vamos tentar detalhar. Há vários jogadores que têm um posicionamento híbrido e funções híbridas neste sistema.
Frequentemente, o central do lado esquerdo é Sequeira ou Borja. Ambos têm características para subir pelo flanco como elemento ofensivo extra.
Galeno tem muita liberdade no corredor esquerdo para desequilibrar. Arrisca no um contra um e fere a última linha dos adversários.
Ricardo Esgaio também se adianta muito pela direita. Dá a profundidade toda ao corredor nalgumas situações.
Na dupla de médios-centro, Al Musrati é o pêndulo que tenta ser competente em todos os momentos do jogo. A construção com bola passa muito por ele. Também se adianta para pressionar.
Nos elementos da frente até pode surgir Fransérgio, como um elemento híbrido que pode funcionar como terceiro médio e como apoio ao ponta de lança. Ou então pode jogar Fransérgio na dupla de médios e jogar Lucas Piazón na ala direita, jogando muito por dentro também – fazendo a função do lesionado Iuri Medeiros. Indiscutível na outra ala é Ricardo Horta, que também pode cair na ala ou aparecer pelo meio.
Este 3x4x2x1 do Braga foi o sistema que Carlos Carvalhal idealizou para esta equipa que o treinador pretende que pense o jogo em posse de bola, com variabilidade ofensiva, e pressione alto no campo.
Artigo revisto por Lurdes Pereira
AUTORIA
É amante do futebol e da paixão pelo desporto desde muito cedo. Tem enorme brio naquilo que faz, no conhecimento que procura sobre esta área. Sonha ser jornalista desportivo e marcar pela diferença, por trazer o futebol jogado para a discussão.