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“Reabertura a conta-gotas”

António Costa revelou na noite de quinta-feira, dia 11 de março, o plano de desconfinamento para as próximas semanas. As medidas para a reabertura do país foram enumeradas pelo chefe de Governo em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro começou por informar que o número de novos casos se encontra abaixo da linha de risco. Apesar da melhoria, António Costa afirmou que a reabertura terá de ser progressiva:

Podemos começar a abrir com segurança, mas tem de ser prudente, cautelosa, a conta-gotas.

Neste sentido, até à Páscoa, mantém-se o dever geral de recolhimento. Mantém-se também a proibição de circular entre concelhos nos próximos fins de semana e entre 26 de março e 5 de abril.

Numa primeira fase, a 15 de março, reabrem as creches, jardins de infância e escolas no 1º ciclo, bem como o comércio ao postigo, os cabeleireiros e barbearias e as livrarias.

A 5 de abril voltarão ao ensino presencial os 2º e 3º ciclo e reabrirão as esplanadas de cafés e pastelarias, museus e outros “equipamentos desta natureza”, lojas até 200 metros quadrados com porta para a rua.

Já a 19 de abril voltarão as aulas presenciais para os restantes níveis de ensino, ao mesmo tempo que reabrirão as lojas e centros comerciais, restaurantes, cafés e pastelarias até às 22h ou 13h aos fins de semana (com limite de 4 pessoas ou 6 em esplanada). No que diz respeito a casamentos e batizados, estes terão limitação de 25% da lotação dos respetivos recintos.

Apenas a partir de maio, serão permitidos grandes eventos com lotação possível de 50%. A 3 de maio o limite nos restaurantes aumenta para 6 pessoas no interior e 10 em esplanada, sem limite de horário. Também poderá haver grandes eventos no exterior, com celebrações com lotação aumentada para 50% dos recintos.

É um processo gradual e que está obviamente sujeito a uma reavaliação quinzenal, de acordo com avaliação de risco adotada.

O chefe de Governo explicou ainda quais os indicadores que vão definir os quatro níveis de risco no país. São eles o número de novos casos por cem mil habitantes, que tem como limite os 120 a 14 dias, e a taxa de transmissibilidade que não pode ultrapassar o 1.

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Créditos: António Cotrim/Lusa

António Costa deixou ainda o alerta de que agora tudo dependerá do “cumprimento escrupuloso” das regras, caso contrário “podemos entrar nas zonas de risco, onde temos de paralisar a nossa evolução, ou pior, atingir a zona vermelha, onde temos de andar para trás”. O objetivo é:

Não estragar o que conseguimos alcançar, para retomar com segurança a normalidade possível.

A situação será reavaliada no dia 5 de maio para saber se se continua a avançar com o novo plano ou se a situação se mantém.

Artigo revisto por Ana Rita Sebastião

Fonte da foto de capa: António Cotrim/Lusa

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