Obama anuncia visita a Cuba
Barack Obama anunciou que nos dias 21 e 22 de março irá visitar Cuba. Esta visita histórica é o ponto mais alto desde que os dois países decidiram restabelecer ligações, em dezembro de 2014. Durante a visita, o presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se com Raúl Castro, presidente cubano.
“No próximo mês, visitarei Cuba para promover os nossos progressos e esforços que podem melhorar a vida do povo cubano. Ainda temos divergências com o Governo cubano, que abordarei diretamente. A América irá sempre defender os direitos humanos em todo o mundo”, afirmou Obama esta quinta-feira.
No passado mês de dezembro, Barack Obama disse, numa entrevista ao Yahoo News, que tinha intenção de visitar o país, mas que apenas o faria se lhe fosse permitido “falar com toda a gente”, referindo-se aos dissidentes políticos. Assim, o presidente dos EUA declarou que se vai encontrar não só com Raúl Castro, mas também “com a sociedade civil cubana e com pessoas de diferentes estilos de vida”.
Washington e Havana reabriram, em pouco mais de um ano, as suas embaixadas e assinaram diversos acordos comerciais. Em agosto do ano passado, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, esteve na capital cubana para a reabertura da embaixada dos EUA, onde deixou uma frase que simbolizou o fim de um afastamento de 54 anos entre os dois países: “Temos de estender as mãos um ao outro, como dois povos que já não são inimigos ou rivais, mas sim vizinhos.”
O anúncio da visita de Obama não foi do agrado de todos e as reações negativas já se fizeram ouvir. Marco Rubio e Ted Cruz, ambos de ascendência cubana e candidatos do Partido Republicano à Casa Branca, estão contra a deslocação de Obama a Cuba e Rubio, senador da Flórida, afirmou mesmo que se for eleito Presidente dos Estados Unidos só visitará Cuba “quando o país for livre”, pois considera que “um ano e dois meses depois da abertura a Cuba, o Governo cubano continua a ser tão repressivo como antes”.