ONU deverá decidir a favor da libertação do fundador do WikiLeaks
Os especialistas das Nações Unidas para as detenções arbitrárias deverão dar razão à queixa apresentada por Julian Assange. Segundo a BBC, o fundador da WikiLeaks considera que está a ser alvo de uma “detenção ilegal”. No entanto, só amanhã, sexta-feira, é que esta decisão deverá ser anunciada oficialmente.
“Se eu triunfar e se for descoberto que as entidades estatais atuaram fora da lei, eu espero a devolução imediata do meu passaporte e o fim de mais tentativas para me deterem”, publicou Assange, esta quinta-feira, na rede social Twitter. O fundador da WikiLeaks refere ainda nessa mensagem que “se as Nações Unidas anunciarem amanhã [sexta-feira] que eu perdi o meu caso conta o Reino Unido e a Suécia, sairei da Embaixada ao meio-dia de sexta-feira e aceitarei a minha detenção pela polícia britânica, uma vez que não haverá perspetiva significativa de mais recursos”.
O porta-voz da polícia britânica anunciou esta quinta-feira que “o mandado continua em vigor. Se ele (Julian Assange) sair da embaixada (do Equador em Londres), nós vamos fazer todos os esforços para o deter”.
Assange apresentou queixa à ONU em 2014 contra o Reino Unido e o país do qual é natural, a Suécia, apelando para que fosse libertado, uma vez que considerava estar detido arbitrariamente na Embaixada. Apesar de o Equador lhe ter concedido asilo, as autoridades britânicas afirmaram sempre que se decidisse sair da Embaixada seria detido e extraditado para a Suécia.
Recorde-se de que em 2010, Assange foi acusado de crimes de assédio sexual e violação e, devido a mandato emitido pela Suécia, acabou por ser detido em Londres.