Sanders vence no Oregon. Trump disponível para diálogo com Coreia do Norte
Esta terça-feira os democratas tiveram eleições nos Estados do Kentucky e do Oregon. Hillary Clinton passou os últimos cinco dias de campanha no Kentucky, um Estado onde tanto ela como o marido, Bill Clinton, sempre saíram vitoriosos. Este esforço da candidata democrata parece, no entanto, ter sido insuficiente. Hillary venceu por apenas 0,5% (46,8% contra os 46,3% de Bernie Sanders). Tal resultado resultou numa repartição igual dos delegados, com ambos os candidatos a ficaram com 17 delegados cada um.
No Oregon a vitória foi para Sanders. O senador do Vermont venceu por uma margem clara: 54,8% contra 45,2%. Com isto, Bernie Sanders ficou com 28 dos 52 delegados daquele Estado e Hillary ficou com os restantes 24. No discurso de vitória, Sanders mostrou a ambição de ganhar na Califórnia no dia 7 junho, um Estado que pode ser decisivo uma vez que o vencedor conquista todos os 546 delegados. O candidato democrata disse que está “na corrida até ao último voto”.
Mas não foram só os democratas a ter eleições no Oregon. Também os republicanos tiveram que votar ontem neste Estado. Donald Trump conseguiu 66,8% dos votos e 17 delegados. Ted Cruz e John Kasich, que já desistiram da corrida, conseguiram três delegados cada um, uma vez que os seus nomes ainda constam dos boletins de voto. O destino destes delegados será decidido na Convenção Nacional do partido, que se realiza entre os dias 18 e 21 de julho no Cleveland.
Mas o que marca verdadeiramente este dia são as declarações de Trump à Reuters. O multimilionário disse que “não teria qualquer problema” em falar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para convencer a travá-lo o programa nuclear do país. Para Donald Trump, a resolução do problema passa também pela China. “Faria muita pressão sobre a China, porque temos um enorme poder económico sobre a China. A China pode resolver esse problema com uma reunião ou com um telefonema”, disse o candidato republicano.
Na mesma entrevista disse ainda que se for eleito vai tentar negociar o acordo de Paris sobre as alterações climáticas, que considera ser injusto para os Estados Unidos.