Editorias, Opinião

We need Slavery?

Desde a pré-história e a Antiguidade que os seres humanos utilizam os animais para servir as suas necessidades, não só enquanto transporte mas como atração de circo, sem falar de que nós matamos animais dia após dia para nos alimentarmos ou termos casacos de pele chiques. Desta forma, aparentamos ser menos racionais que os próprios animais, isto porque eles matam por sobrevivência e nós, com todo o respeito, matamos por elegância.

Contudo, voltando ao tema em questão, não cabe na minha cabeça como é que nós, com o poder de pensar, imaginar e inventar 1001 coisas, conseguimos tirar a liberdade destes animais “inofensivos”. Porque é que se chicoteia tigres e leões no circo para satisfazer as pessoas? O que leva as pessoas a andar em cima de elefantes de forma excessiva? O que ganhamos em domar animais e torná-los nossos escravos?

Nós queremos democracia e liberdade de expressão, mas privamos os animais de ter uma vida normal; nós procuramos razões científicas e soluções para não haver tanto peso nas costas das crianças quando vão para a escola, mas colocamos mais de 50 kg em cima de um elefante ou de um boi apenas porque é fora do normal e chama a atenção das pessoas. As crianças adoram ir ao jardim zoológico, um local onde os animais servem como atração, é verdade, mas onde conseguimos dar-lhes as condições necessárias para se reproduzirem, e quem sabe salvar certas espécies que estão em vias de extinção.

O 25 de abril é o dia da liberdade em Portugal, mas, nesse mesmo dia, um elefante morreu em Cambodja com um ataque cardíaco por duas razões: temperaturas altas a rondar os 40ºC e exaustão. Exaustão essa que se deve ao facto de este elefante ter transportado turistas durante 15 anos até ao templo de Angkor Wat sem quase ter tempo para descansar.

Mesmo que não tenha havido maus tratos físicos, qual é a necessidade de uma elefante transportar turistas de um lado para o outro? Nós enquanto pessoas temos pernas e pés que nos ajudam a movimentar, para além do facto de existirem bicicletas ou outros meios de transporte não-poluentes que poderiam salvar a vida destes pobres animais.

O elefante que morreu no dia 25 de abril de 2016 não foi o primeiro nem será o último, isto porque mudar mentalidades é algo que leva o seu tempo, mas, se nós começarmos a dar importância a estes acontecimentos e começarmos a agir, acredito que poderá acontecer algo; mas que algo? Só quando agirmos é que saberemos o que irá acontecer.

O Pedro Almeida escreve com o Novo Acordo Ortográfico.

AUTORIA

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Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.