O início da vida

Tatjana Patitz é a modelo de origem alemã que se tornou uma das maiores estrelas das passarelas nas décadas de 80 e 90 – um ícone mundial no meio.

Apesar de ter nascido em Hamburgo, na Alemanha, a 25 de março de 1966, Tatjana cresceu na Suécia. A família tinha fortes raízes culturais e artísticas, uma vez que a mãe era pianista e o pai designer gráfico. Tatjana considerava-se uma tomboy em criança, e explica ter sido assim por ela e o irmão terem apenas 14 meses de diferença. Também desde criança que andava de cavalo, o que para ela significava, acima de tudo, liberdade e conexão – sentimentos estes que só encontrava na natureza. 

“Eu preciso imenso da natureza para o meu próprio bem estar espiritual”

O início da carreira

Começou a carreira em Paris, com 17 anos, depois de ter sido finalista do concurso  The Look of the Year da Elite Model. No entanto, a modelo diz que a carreira começou por sorte. Afirmou ainda que principalmente os primeiros anos como modelo não tiveram nada de glamoroso: viveu com várias modelos e a ganhar pouco.

“Eu não considero, de todo, que ser modelo seja um conto de fadas”

Em 1985 estreou-se na Paris Fashion Week, ao desfilar para designers como Karl Lagerfeld e Yves Saint Laurent. O seu estilo único e a sua beleza cativante chamaram logo a atenção, começando assim uma grande carreira, através da agência Elite Model Management.

Foi aqui, na cidade do amor, que se deu o ponto de viragem da sua carreira. Deu-se quando fez com Peter Lindbergh uma sessão fotográfica para a Vogue Paris. Tatjana e Peter viriam a trabalhar inúmeras vezes juntos nas décadas que se seguiriam. Quando os dois se juntavam, o mundo já sabia que uma verdadeira obra de arte ia nascer.

Foi ainda a primeira modelo a aparecer num anúncio de televisão, para a marca de beleza Estée Lauder. Assim, tornou-se pioneira e abriu caminho para modelos que viriam a seguir estes passos. Prova disso é que, atualmente, é muito comum vermos modelos prestigiadas em anúncios de televisão.

“As fotos que se tiram, são muito mais do que apenas fotos, são mesmo retratos bonitos”

Vida pessoal

Teve apenas um filho – Jonah – nascido em 2004, que está a seguir os passos da mãe: também é modelo. O mesmo já esteve na Vogue duas vezes ao lado da supermodelo: em agosto de 2012 e em dezembro de 2019.

Tatjana também foi sempre uma grande defensora do meio ambiente e dos direitos dos animais. Este amor levou-a a trabalhar com várias organizações de caridade ao longo da sua vida, promovendo estas causas. Ao fazê-lo tornou-se também uma celebridade inspiradora para além da indústria da moda.

Nos últimos anos de vida, Tatjana trabalhou muito menos. Durante este período, as pessoas com quem manteve contacto ou com quem se encontrava diziam que a modelo falava sempre de forma muito suave e feliz sobre a sua vida no campo, com os seus cavalos, no meio da natureza. Era também inegável o sorriso genuíno que surgia quando falava do seu filho.

“O estilo não tem idade porque tem a ver com identidade e auto-expressão”

A morte da modelo de 56 anos foi anunciada pela Vogue, revista que, sem dúvida alguma, ajudou a que Tatjana tivesse o sucesso que teve, assim como o devido reconhecimento. A modelo morreu com cancro da mama.

O impacto

Tatjana Patitz foi uma modelo que se destacou pelo seu talento e trabalho, pela sua beleza única e pela sua personalidade. Esteve presente, marcou e participou em muitos momentos históricos do mundo da moda o que leva a que, obviamente, a sua morte seja uma perda imensa para o meio.

Apesar de ter passado os últimos anos num estilo de vida mais privado e de ter falecido este ano, continua e continuará a ser um ícone no mundo da moda que marcou uma geração e é uma inspiração para as próximas.

Foto da capa: Pinterest

Artigo revisto por Inês Moutinho