Moda e Lifestyle

A VANS deixou de estar na moda?

A marca VANS é conhecida pelos seus ténis icónicos (ou sapatilhas, se estiveres na região norte do país) desde a década de 1960, quando surgiram como o calçado preferido dos skatistas. Nos anos seguintes, a marca expandiu-se, tornando-se presença constante pelas ruas, tanto pela sua estética marcante quanto pela sua durabilidade. No entanto, nos  últimos anos, a VANS tem enfrentado um desafio para se manter relevante no mercado do calçado.

A marca tem lutado para manter o seu apelo entre os consumidores mais jovens, que estão  cada vez mais à procura de marcas e produtos que estejam mais alinhados com as suas  preocupações e gostos. Ao mesmo tempo, a concorrência no mercado do calçado  intensificou-se à medida que o tempo foi passando: marcas como a Nike e a Adidas investiram em inovação e design para cativar novos clientes e novos públicos.

No entanto, a VANS parece estar ciente do desafio que enfrenta e está a tomar medidas  para se reinventar. A empresa tem trabalhado em colaborações com artistas e marcas  influentes, como a Supreme e a Off-White, (e, olhando para o cenário atual, pode-se afirmar que, de facto, acertaram nas parcerias escolhidas, pelo menos uma vez) para criar produtos mais desejáveis para os consumidores. Estas colaborações geram um grande interesse em torno da marca e são vistas como uma forma de aumentar a sua relevância num mercado que se encontra em constante mudança. Além disso, a VANS tem expandido a sua linha de produtos, introduzindo novos designs e materiais para atender a uma variedade de gostos e necessidades, mostrando assim preocupação em relação ao panorama atual  da marca. A marca também está a concentrar-se em melhorar a qualidade e o conforto dos seus ténis, com o objetivo de manter os consumidores fiéis satisfeitos e atrair novos  clientes.

Fonte: Getty Images

No entanto, algumas críticas têm sido levantadas em relação à abordagem da VANS.  Alguns argumentam que as colaborações com artistas e marcas influentes são uma forma  superficial de gerar interesse em torno da marca, e que a empresa precisa de se concentrar  em inovar e criar produtos verdadeiramente atrativos e empolgantes. Outros apontam que a VANS poderia investir em tecnologia e design para tornar os seus tênis mais confortáveis e duradouros – algo que os consumidores modernos valorizam muito. Se a empresa conseguir investir em tecnologia e inovação enquanto mantém a sua estética autêntica, pode ser que seja capaz de criar ténis que atraiam tanto novos clientes como os seus clientes habituais.

Por fim, é importante destacar que a VANS ainda tem, de facto, uma base sólida de fãs que sempre apreciarão o seu estilo icónico e autêntico. Se a empresa conseguir capitalizar  esse aspecto da sua identidade e combiná-lo com um foco renovado na inovação e na  qualidade, é possível que a VANS possa vir a recuperar-se, voltando a ser um líder no mercado  de calçados.

Em resumo, a VANS enfrenta um desafio significativo num mercado de calçado cada  vez mais competitivo e que se torna facilmente saturado. No entanto, a empresa parece  estar a tomar medidas para se reinventar e manter sua relevância. Se de facto conseguir  investir em tecnologia e inovação, enquanto mantém a sua estética autêntica e trabalha  em colaboração com outras marcas influentes, a VANS pode vir a ter sucesso na recuperação da  sua posição no mercado. A empresa precisa de se adaptar às mudanças dos gostos do público e às novas tendências, tanto em design como em tecnologia,  enquanto mantém a essência da marca que a tornou popular entre os consumidores.

No fim das contas, a situação da VANS é um lembrete de que nenhuma marca é  invencível. É importante que as empresas estejam sempre dispostas a adaptar-se e a  evoluir, a fim de permanecer relevantes e atrativas para os consumidores.

Fonte da capa: Visão Sapo

Artigo revisto por: Bruno Filipe Silva

AUTORIA

+ artigos

Apesar de ser Pedro todos lhe chamam Alexandre, embora ele assine sempre com os três nomes (“porque é mais chique”).
Ingressou no curso de RPCE, porém a paixão pela escrita despertou-lhe o interesse em áreas como o Jornalismo, querendo manter desta forma um vasto leque de opções profissionais para o seu futuro, sobre o qual ainda não se decidiu concretamente. A sua personalidade extrovertida e a sua ambição são aspetos que o caracterizam e o impulsionam diariamente a dar o melhor de si em tudo, sonhando com um futuro promissor. Quando confrontado com a oportunidade que a ESCS Magazine lhe providenciou, não pensou duas vezes antes de se inscrever e tenciona tirar o melhor partido possível deste novo desafio.