Artes Visuais e Performativas

Tempestade em copo d’água – O mais recente sucesso do Pancadas do Infinito

Escrita por Beatriz Lopes, Marta Gomes e Sofia Serafim, a peça Tempestade em copo d’água subiu ao palco dia 7 de dezembro de 2023, tendo conseguido alcançar o maior número de bilhetes vendidos na história do Pancadas do Infinito.

Passada num dia de casamento caótico, em que o foco recai sobre as divergências de duas famílias, esta peça mostra-nos o quão necessária é a comunicação para o sucesso de qualquer relação, independentemente do teor da mesma.  O suposto “dia mais feliz” de Carolina e Luís acaba numa confusão, que, felizmente, culmina na resolução dos vários problemas, há anos existentes. Esta história mostra-nos que devemos lutar sempre pelas coisas em que acreditamos e pelas pessoas que amamos, e termina com um final feliz, em que todos aprendem algo e o amor prevalece.

Elenco antes da peça

Fonte: Mariana Pereira

O Pancadas do Infinito é o núcleo de teatro da ESCS. No entanto, não é preciso ter-se experiência em representação para se fazer parte. Como em todos os núcleos que a nossa faculdade oferece, o objetivo é aprendermos e divertirmo-nos. Para além da representação, há a escrita dos guiões, a gestão dos membros do núcleo, a preparação de eventos (como os dias de estreia) e ainda toda a comunicação nas redes.

O vice-presidente, Daniel de Syllos, refere que todo o desenvolvimento deste projeto foi uma “montanha-russa de emoções” e destaca o trabalho em equipa como “a única coisa comum a todas as peças do Pancadas”. Tendo sido esta a segunda peça na qual participou, confessa também que o nervosismo que sentiu, desta vez no backstage, foi surpreendentemente maior do que quando estava em cima do palco. Refere ainda que esta experiência ficou marcada por muito trabalho e realização.

Fonte: Mariana Pereira

“Pensei, por um instante, que ficar fora de palco não seria assim tão trabalhoso. Afinal, não teria de enfrentar aquele nervosismo do dia da apresentação. As primeiras semanas provaram que eu estava errado em relação à quantidade de trabalho, enquanto o dia da apresentação provou que eu estava errado em relação à quantidade de nervosismo.–  Daniel de Syllos

Tempestade em copo d’água não foi a primeira peça do Pancadas, mas foi uma estreia para muitos os que dela fizeram parte. A maioria do elenco foi composto por novos alunos que, na altura do casting, ainda se estavam a ambientar a esta nova etapa que é a faculdade. Apesar de recentes na ESCS, poucos eram recentes no mundo artístico. Este ano, a maioria dos inscritos no recrutamento já tinha experiência prévia na representação. Foi o caso de Carolina Carvalho, a protagonista, que, fazendo teatro há quase dois anos, se mostrou, desde cedo, muito entusiasmada por se juntar ao núcleo e relembra esta peça como “um porto seguro”, que a distraía de todo o stress da faculdade.

Fonte: Mariana Pereira

A peça do Pancadas foi mais relaxada do que as que já tinha feito anteriormente e havia mais conexão entre os atores, tanto em palco, como fora! No teatro que faço, fazemos sempre o espetáculo várias vezes e aqui fazemos só uma, o que torna o momento ainda mais especial e marcante.” – Carolina Carvalho

Com o novo ano, novos elementos surgiram na direção do núcleo. Apesar de já terem tido a oportunidade de participar em peças anteriores, encararam agora uma responsabilidade acrescida, visto terem de gerir e orientar os restantes membros. Sofia Serafim, atual co-coordenadora do departamento de Dramaturgia, Encenação e Representação, escreveu e participou nesta peça, considerando-a o total significado de desafio superado. Refere que terminou o projeto com muito orgulho na equipa e no trabalho realizado.

Fonte: Daniel de Syllos

“No início estava um pouco nervosa e com medo de não conseguir organizar bem as coisas, mas logo no casting percebi que todos eram ótimos e que iria correr tudo bem! Tendo escrito parte da peça, senti-me muito realizada ao ver as personagens ganharem vida.  Obviamente, foi uma grande responsabilidade, mas sinto que fizemos um excelente trabalho.– Sofia Serafim


Sofia fez também parte de uma das fases mais difíceis – a escolha das personagens. O núcleo teve de lidar com a falta de rapazes para o casting, o que exigiu alterações no guião. Assim, houve elementos a juntarem-se ao elenco a poucos ensaios do fim da peça, mas que em momento algum deixaram que isso se notasse no grande dia. Foi o caso de Sara Aidos (Rafaela), inicialmente escrita como Rodrigo.

Fonte: Daniel de Syllos

“Sendo uma das últimas a juntar-me ao cast, estava um pouco nervosa com a minha integração. No entanto, toda a gente foi muito calorosa e rapidamente me senti confiante para explorar as possibilidades que a nova “Rafa” podia trazer à peça. Foi desafiador aprender tudo tão depressa, mas o que mais gostei foi o sentido de entreajuda. – Sara Aidos

Com esta peça, conseguimos confirmar que na ESCS há muito talento e que devemos tirar um momento para apoiar os escsianos. Toda a entrega demonstrou que, apesar de ser um grupo de teatro amador, cada um tem dentro de si um profissional à altura.

Por isso, se gostas de teatro, as peças do Pancadas do Infinito são uma excelente opção. É realizada uma por semestre e se quiseres tentar participar, ainda vais a tempo! 

Fonte da capa: Daniel de Syllos  

Artigo revisto por Beatriz Félix

AUTORIA

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Desde cedo apaixonada pela comunicação, está no terceiro ano de Publicidade e Marketing e faz parte da ESCS Magazine há três anos. É trabalhadora-estudante e, apesar de estar constantemente ocupada, tem uma grande capacidade de organização e está sempre pronta para ajudar todos os que a rodeiam. Apaixonada por skincare, maquilhagem, jogos de tabuleiro e séries, adora viajar e assistir a peças de teatro. Ex-coordenadora de Multimédia, decidiu que 2024 seria o ano de explorar o gosto pela escrita, ao integrar a editoria de Artes Visuais e Performativas.