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Theresa May defende negociações com a oposição como única solução para o Brexit

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou este sábado que existe “o risco de o Reino Unido nunca sair da União Europeia”. A líder conservadora frisou que a única forma de conseguir o sucesso do Brexit é negociar com a oposição para que o Parlamento aprove um acordo.

“Quanto mais tempo isso levar, maior é o risco de o Reino Unido nunca sair, p que significaria deixar que o Brexit, pelo qual o povo britânico votou, se escape por entre os dedos”, alertou Theresa May num comunicado divulgado por Downing Street, o seu escritório oficial, este sábado à noite.

A cinco dias do prazo estipulado (12 de abril) para a saída da EU, a chefe de Governo tem estreitado relações com o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, o que está a causar descontentamento no seio dos Conservadores.

“Há diversas áreas nas quais os dois principais partidos estão de acordo. Ambos queremos terminar com a livre circulação (de cidadãos do bloco), ambos queremos sair (da UE) com um bom acordo e ambos queremos proteger os postos de trabalho”, disse May na mensagem divulgada no sábado.

Contudo, os três dias de negociações entre Theresa May e Jeremy Corbyn parecem ainda não ter produzido resultados. O Labour acusa o Governo de não pretender que haja alterações significativas.

“Não vi nenhuma grande mudança na posição do Governo até agora”, afirmou o líder trabalhista no sábado. “Estou à espera de ver as linhas vermelhas moverem-se”.

Corbyn reiterou que o Brexit tem “muitas falhas e problemas” e que aquilo que o Labour pretende é assegurar “uma saída com acordo”.

May pretende que as negociações com o líder trabalhista resultem numa abordagem que possa ser aprovada no Parlamento e, posteriormente, considerada pelo Conselho Europeu, que acontecerá a 10 de abril.

O objetivo do Governo Britânico é evitar um prolongamento do Brexit, de forma a que a saída do Reino Unido da União Europeia seja aprovada antes do dia 22 de maio, para que o país não tenha de participar nas eleições europeias.

Fonte: Matt Dunham/AP

Fotografia “thumbnail”: Fonte- Tolga Akmen REUTERS

Artigo revisto por: Mariana Coelho